Arte: CNI

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) considera a aprovação da reforma tributária pela Câmara dos Deputados, na madrugada desta sexta-feira (7), uma conquista para todo o país. Aguardada há mais de 30 anos, a modernização do sistema de tributação do consumo permitirá ao contribuinte, cidadãos e empresários, pagar os seus impostos de forma mais racional e transparente, segundo regras claras e compatíveis com os melhores modelos utilizados em todo o mundo.

O presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, destaca que o projeto elaborado pelo Congresso Nacional é resultado de um amplo debate na sociedade. “Esta proposta traz um conjunto de virtudes que, uma vez em vigor, serão benéficas para todos os setores econômicos e para os brasileiros em geral. Por fim, no Brasil, teremos um sistema tributário moderno que não será mais um empecilho caro no dia a dia de quem paga seus impostos, sejam eles quem forem”, afirma.

Para a CNI, é fundamental que a reforma tributária avance rapidamente no Senado, mantendo os pontos positivos da proposta aprovada pela Câmara dos Deputados. “O modelo que defendemos elimina o principal obstáculo para que o Brasil cresça de forma sustentada, removendo entraves aos investimentos e promovendo um ambiente de negócios que favoreça o crescimento das empresas, a geração de empregos e a melhoria da renda brasileira”, completa o presidente da CNI.

Conheça a seguir os principais avanços da reforma tributária e como eles contribuem para melhorar o dia a dia do contribuinte:

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FIM DA CUMULATIVIDADE

No sistema atual, existem impostos que incidem sobre os impostos incidentes sobre bens e serviços. Essa distorção representa uma tributação adicional e oculta, que se acumula em cada etapa da cadeia de consumo, desde a matéria-prima até o produto acabado chegando ao consumidor – o chamado “resíduo fiscal”. O Dual IVA põe fim à cumulatividade ao criar um sistema claro e racional de créditos fiscais que poderão finalmente ser usufruídos por empresas de todos os setores da economia.

**Por que é um avanço: o modelo acaba com o resíduo fiscal, tributos que se acumulam ao longo da cadeia de consumo. A existência dessa tributação oculta penaliza as empresas brasileiras, seja quando exportam, seja quando competem com produtos importados no mercado brasileiro.

GARANTIA DE DEVOLUÇÃO RÁPIDA DO CRÉDITO

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Um dos pontos centrais da proposta aprovada pela Câmara é a garantia de que os créditos do IBS e do CBS serão rapidamente devolvidos aos contribuintes. Dois pontos da proposta aprovada dão segurança aos contribuintes. A principal delas é a arrecadação centralizada do IBS no Conselho Federativo e a previsão de restituição dos créditos do IBS antes da distribuição da renda aos estados e municípios. Além disso, há determinação de que um prazo máximo de restituição dos saldos credores do IBS e do CBS esteja previsto em lei complementar.

**Porque é um avanço: A garantia e rapidez na devolução de saldos credores são a essência do IVA em todos os países que o utilizam. Sem essa garantia, o imposto não funciona.

DOIS IVA DE BASE AMPLA, INCIDENTAL SOBRE TODOS OS BENS E SERVIÇOS

A reforma tributária foca nos impostos que incidem sobre o consumo de bens e serviços, que estão obsoletos e cheios de problemas. No novo modelo, será criado o Dual Value Added Tax (IVA), composto por um imposto federal – o CBS – e outro subnacional – o IBS. A CBS substituirá PIS, Cofins e IPI recolhidos do governo federal. Já o IBS agregará o ICMS, para os estados, e o ISS, para os municípios.

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**Por que é um avanço: o modelo é mais simples que o atual, elimina um conjunto de distorções que existem hoje e será transparente, o que significa que o consumidor saberá quanto do preço que paga é imposto. Além disso, replica um sistema já aplicado em mais de 170 países e que representa as melhores práticas internacionais.

IMPULSO ÀS EXPORTAÇÕES

O fim da cumulatividade e a garantia e agilidade na devolução dos saldos acumulados de IBS e CBS às empresas têm um impacto adicional nas empresas que exportam. No sistema atual, como os impostos se acumulam e as empresas não conseguem recuperar os créditos tributários, o produto brasileiro chega aos mercados internacionais com impostos embutidos em seu preço.

**Por que é um avanço: o Brasil está fazendo o que todo mundo faz. A não oneração das exportações é prática comum em países que adotam o sistema de IVA. Na prática, os bens e serviços brasileiros terão mais igualdade para concorrer com os de outros países ao terem o imposto totalmente excluído do preço final.

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ESTÍMULO AO INVESTIMENTO

O atual sistema tributário brasileiro penaliza os investimentos produtivos. Com a reforma, será eliminada a incidência do ISS sobre essas operações – imposto que as empresas não podem recuperar como crédito – e com a previsão de crédito imediato do IBS e CBS. Hoje, as empresas que investem só conseguem recuperar seus créditos após 48 meses e somente quando começa a fase operacional de seus empreendimentos.

**Por que é um avanço: investimentos produtivos são aqueles que geram empregos para a população e contribuem para o aumento da produtividade da economia. A eliminação dessa distorção contribui para tornar o Brasil mais atrativo para receber investimentos relevantes para o crescimento da economia.

TAXA PADRÃO PARA TODOS OS BENS E SERVIÇOS

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A reforma avança ao prever uma alíquota padrão para bens e serviços. No entanto, é preciso frear o crescimento do número de exceções, para as quais estão previstas alíquotas reduzidas. A reforma consegue prever regimes privilegiados para situações também previstas noutros países que recorram ao IVA, como serviços de educação, bens e serviços de saúde, transporte de passageiros, produtos agrícolas in natura e produtos alimentares e de higiene pessoal do cabaz básico. Mas a introdução de exceções adicionais, além de aumentar a alíquota normal, reduz a neutralidade e a simplificação do novo sistema tributário.

**Por que é um avanço: a reforma substitui legislação complexa e obsoleta, que deixa amplo espaço para interpretações e judicializações. Na prática, a adoção de algumas exceções à alíquota padrão simplificará o sistema tributário a partir de questões sobre o regime tributário de bens e serviços.

SIMPLES PERMANECE SIMPLES

A reforma tributária prevê que o contribuinte opte por apurar o IBS-CBS por débito e crédito, mas também mantém a opção de permanecer integralmente no regime unificado, em que o repasse dos créditos será equivalente ao valor cobrado pelo Simples.

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**Por que é um avanço: a reforma prevê um tratamento adequado à realidade das micro e pequenas empresas brasileiras.

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