China abre novo mercado para produto brasileiro de origem animal

China abre novo mercado para produto brasileiro de origem animal
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China abre novo mercado para produto brasileiro de origem animal

O Brasil acaba de conquistar mais um mercado para a exportação de produtos de origem animal: a China. O país asiático autorizou a entrada de carne bovina industrializada brasileira, um segmento que movimenta cerca de US$ 2 bilhões por ano no mundo.

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A carne bovina industrializada é aquela que passa por algum processo de transformação, como cozimento, defumação, salga ou cura. Entre os exemplos estão a carne enlatada, o charque e a carne seca. Esses produtos têm maior valor agregado e maior vida útil do que a carne in natura.

A abertura do mercado chinês para a carne bovina industrializada brasileira é resultado de uma negociação iniciada em 2016 pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que culminou com a habilitação de 22 estabelecimentos nacionais para exportar esse tipo de produto.

Segundo o Mapa, a China é o maior importador mundial de carne bovina, tendo comprado US$ 8,4 bilhões em 2022. O Brasil é o maior fornecedor de carne bovina para a China, com uma participação de 43% no mercado. Em 2022, o Brasil exportou US$ 3,6 bilhões em carne bovina in natura para a China, um aumento de 76% em relação a 2021.

A expectativa é que a exportação de carne bovina industrializada para a China possa gerar mais emprego e renda para os produtores brasileiros, além de diversificar a pauta comercial com o país asiático. O Mapa estima que o potencial de exportação de carne bovina industrializada para a China seja de US$ 200 milhões por ano.

O Brasil também busca ampliar o acesso ao mercado chinês para outros produtos de origem animal, como mel, lácteos, ovos e material genético. Além disso, o país pretende fortalecer as parcerias do agronegócio com a China em áreas como genética, saúde animal e bioinsumos.

O Ministério da Agricultura e Pecuária do Brasil e a Administração Geral das Alfândegas da República da China estabeleceram, nesta sexta-feira (14), um protocolo sobre requisitos sanitários e quarentenários que devem ser seguidos pelos estabelecimentos brasileiros na produção de proteína animal processada terrestre.

Com isso, o país asiático abre um novo mercado para a exportação do produto brasileiro. Utilizada para fazer ração animal, a proteína processada vem de aves e suínos e inclui farinha de carne, ossos, sangue e penas, entre outros.

De acordo com o protocolo, os estabelecimentos interessados ​​em vender o produto de origem animal para a China devem ter sistemas eficazes de gerenciamento de risco e rastreamento de qualidade. As inspeções nos matadouros serão realizadas antes e depois da morte dos animais.

As matérias-primas devem ser provenientes de animais nascidos e criados no Brasil em áreas livres de febre aftosa, peste suína clássica e africana, doença vesiculosa suína e gripe aviária. Os locais de abate também devem ser oficialmente aprovados.

Segundo o ministério, o Brasil está entre os maiores exportadores de farinha de animais terrestres, atrás apenas de países da União Européia, Estados Unidos e Austrália. A China é o terceiro maior comprador do produto.

O protocolo entre os órgãos foi um dos atos assinados hoje em Pequim pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pelo presidente chinês Xi Jinping. No total, assinado 15 acordos por vários ministérios e agências de ambos os países.

certificação eletrônica

Os dois órgãos também criaram o Plano de Trabalho Brasil-China para Cooperação em Certificação Eletrônica de Produtos de Origem Animal.

Segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária, o plano de trabalho prevê a avaliação da viabilidade do intercâmbio de dados relacionados à certificação eletrônica. A partir de então, os dois órgãos promoverão os ajustes necessários nos sistemas utilizados no Brasil e na China e definirão os modelos de certificados veterinários a serem utilizados.

Os certificados sanitários internacionais para produtos de origem animal são documentos essenciais para o comércio internacional e contêm informações que comprovam o cumprimento dos requisitos de saúde e segurança alimentar.

O objetivo, segundo o ministério, é que a certificação eletrônica dê mais agilidade e segurança às transações comerciais entre os países, com possibilidade de ampliar exportações e importações de forma mais segura.

Na ocasião, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, anunciou a decisão da China de acabar com o embargo da carne bovina brasileira, após 29 dias de suspensão. O Brasil é o maior fornecedor de carne bovina ao país asiático e 60% da produção brasileira é destinada à China.

(Com Agência Brasil)

(Emanuely/Sou Agro)



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