China faminta, churrasco das mães, 13º, FGTS e dólar derrubando a ‘boiada’; veja o que mexe no mercado – Money Times

China faminta, churrasco das mães, 13º, FGTS e dólar derrubando a ‘boiada’; veja o que mexe no mercado – Money Times

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analista em escocês ressalta o cenário favorável para o confinamento de bovinos, com queda de custos e aumento da demanda da China (Foto: Minerva Foods)

o mercado de boi gordo no Brasil enfrenta um cenário de alta oferta, devido ao ciclo positivo do boi gordura que marca o período atual.

Para entender o quadro atual de preços, oferta, demanda e custos, o Tempos Agro conversou com Felipe Fabbri, analista de mercado e cadeia produtiva animal da Scot Consultoria.

preços e vendas

Segundo o analista, houve queda na pressão baixista sobre os preços do gado em alguns mercados no Brasil. “Observamos algumas praças com escalas menores e com dificuldades de compra, por conta da estratégia dos frigoríficos”, diz.

Boi Gordo – R/@ – Scot Consultoria12/05/202305/05/2023Variação
Barretos – SPR$ 256,00R$ 258,00-0,80%
Sudeste – ROR$ 216,50R$ 221,50-2,30%
Sul – IRR$ 231,50R$ 231,500%
Sudoeste – MTR$ 231,50R$ 226,502,20%
Cuiabá – MTR$ 226,50R$ 231,50-2,20%

No entanto, devido ao Dia das Mães, houve uma alta nos preços da carne bovina desde a semana passada.

“Tivemos preços mais altos no atacado devido à data comemorativa, impulsionados pela expectativa de vendas maiores. O Dia das Mães é o segundo melhor dia para escoamento de proteínas, perdendo apenas para o final do ano”, explica.

Além disso, outros dois fatores que devem impulsionar a demanda no mercado interno são a previsão de pagamento do FGTS e do 13º salário para parte da população brasileira.

Confinamento, exportação e câmbio

Quando olhamos para o cenário de confinamento, levantamento da Scot Consultoria aponta para um cenário de manutenção ou aumento do número de cabeças confinadas nesta temporada, mesmo com a queda dos preços do boi gordo na arroba.

“Esse cenário se intensifica porque vemos um quadro de demanda externa favorável, com maior demanda da China e menores custos de produção. Apesar do embargo ocorrido entre fevereiro e março, a expectativa é de exportações recordes”, diz.

Fabbri destaca que os preços do boi magro, que é o animal antes de ser engordado, caíram em todos os mercados de pecuária do Brasil.

“Há um ano, víamos preços de referência entre R$ 4.200 – R$ 4.300 e hoje o custo do boi magro é de R$ 3.100 por cabeça. Esse é um cenário bastante favorável para o confinamento, que também convive com preços baixos de milho e farelo de soja”, comenta.

O analista explica que houve uma retomada acelerada das compras da China na parte de maio, o que favoreceu o escoamento da proteína. No entanto, o câmbio tem sido o grande “vilão” da indústria brasileira.

“Saímos de um cenário em que o preço pago pela tonelada exportada para a China era de US$ 6,5 mil há um ano, para um momento em que os preços estão em US$ 4,3 mil. Quando levamos em conta que o dólar continua com pressão baixista, abaixo de R$ 5, isso contribui para o viés baixista imposto pela indústria e até mesmo por compradores que pretendem exportar”, diz.

Agro News