China aumenta pressão sobre preço em alguns estados
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SEGUNDO A AGENCIA SAFRAS
Bom volume de animais ofertados no Centro-Sul garante escalas de abate, fazendo cotações seguirem com tendência de queda
China aumenta pressão sobre preço em alguns estados
O mercado físico de boi gordo registrou pouca variação de preços nesta quinta-feira (19).
Segundo Fernando Henrique Iglesias, analista da consultoria Safras & Mercado, o ambiente de negócios ainda sugere a continuidade do movimento de queda dos preços da arroba.
Isso porque é considerado o bom volume de animais ofertados no Centro-Sul durante esta semana, o que garante uma posição confortável para as escalas de abate da maioria dos frigoríficos.
“O embargo imposto pela China a alguns frigoríficos ainda gera ruídos em algumas regiões do país, aumentando a pressão baixista nesses estados.
É exatamente o caso de Mato Grosso, que concentra o maior volume de unidades frigoríficas recuperadas”, diz Iglesias.
“O mercado estará mais propenso a reajustes no período de transição entre a safra de gado vivo e a entressafra, com um quadro de oferta mais apertado”, disse.
preços do gado
Na capital paulista, a referência para a arroba de carne bovina foi de R$ 315.
Em Dourados (MS), a arroba foi indicada a R$ 284.
Em Cuiabá (MT), a arroba foi indicada a R$ 282.
Em Uberaba (MG), os preços ficaram em R$ 285.
Em Goiânia (GO), a indicação foi de R$ 280 para a arroba de gado vivo.
Atacado
No atacado, os preços da carne bovina permaneceram estáveis.
Segundo Iglesias, o ambiente de negócios sugere novamente queda de preços no curto prazo, considerando o menor giro entre atacadistas e varejistas durante a segunda quinzena do mês, período menos atrativo para o consumo.
Além disso, o padrão de consumo delimitado para o ano de 2022 não muda, com o consumidor brasileiro ainda optando por proteínas que causam menor impacto na renda média.
A traseira continuou com preço de R$ 23,20 o quilo.
O quarto dianteiro manteve o patamar de R$ 16,20 o quilo.
A ponta de agulha continuou a ser comercializado a R$ 16,30 o quilo.
China é o destino de metade das exportações de carne bovina do Brasil
As exportações brasileiras de carne bovina seguem registrando bom desempenho neste ano, sobretudo à China.
Segundo dados da Secex, nos quatro primeiros meses de 2022, foram embarcadas 710,99 mil toneladas de produtos de origem bovina (in natura, industrializada, miúdos entre outros), volume 27% maior que o do mesmo período de 2021.
Para a China, especificamente, os envios de carne bovina somaram 341,39 mil toneladas nos quatro primeiros meses de 2022, forte crescimento de 37% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Diante disso, a China foi destino de 48,02% do total de carne bovina exportado pelo Brasil neste ano, acima da parcela observada no mesmo período de 2021, que era de 44,62%, e também da verificada em 2020, de 37,1%, ainda de acordo com dados da Secex.
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