Brasil acelera para a certificação da soja baixo carbono

Certificação da soja: Brasil acelera rumo ao baixo carbono.

Protocolo da Embrapa para Soja Sustentável

A produção de soja no Brasil tem recebido cada vez mais atenção quando o assunto é sustentabilidade ambiental. Com a crescente demanda por alimentos produzidos de maneira responsável, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) desenvolveu o Programa Soja Baixo Carbono (PSBC) para certificar a produção de soja como sustentável. Esse protocolo reúne as boas práticas da agricultura desenvolvidas no país e estabelece indicadores para garantir a sustentabilidade ambiental da produção.

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Desafios da Agricultura Sustentável

Diante da crescente preocupação com as emissões de carbono e o impacto ambiental da produção agrícola, o PSBC se torna uma ferramenta essencial para os produtores que buscam se adequar aos padrões internacionais de sustentabilidade. Com requisitos que vão desde a adequação do imóvel rural até a aplicação de práticas sustentáveis de cultivo, esse protocolo visa não apenas garantir a sustentabilidade da produção de soja, mas também agregar valor ao produto final.

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Desenvolvimento

A Embrapa desenvolveu o Programa Soja Baixo Carbono (PSBC) como uma forma de reunir e padronizar boas práticas agrícolas sustentáveis no Brasil. Esse protocolo estabelece 15 indicadores que os produtores devem seguir para serem reconhecidos como sustentáveis ambientalmente. A metodologia do PSBC foi validada em 67 propriedades rurais brasileiras, nas safras 2022/2023 e 2023/2024, garantindo a adequação do imóvel rural e do sistema de produção. Essa iniciativa visa assegurar a conformidade com requisitos como o Cadastro Ambiental Rural, uso de práticas obrigatórias (como o Sistema de Plantio Direto e manejo racional de insumos) e práticas complementares (como rotação de culturas e integração lavoura-pecuária-floresta).

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Valorização da Soja Sustentável

A obtenção do Selo Soja Baixo Carbono, a partir de 2026, será uma forma de comprovar a sustentabilidade da produção de soja no Brasil, agregando valor ao produto. O projeto do PSBC já demonstra que é possível reduzir as emissões de gases do efeito estufa em até 30%, impactando diretamente o compromisso do país em reduzir emissões em 50% até 2030, como proposto na COP 26. A adesão ao PSBC traz benefícios significativos, tornando as produções mais resilientes às mudanças climáticas, aumentando a produtividade, reduzindo os custos de produção e abrindo espaço para bonificações e financiamentos diferenciados. A certificação do selo não apenas valoriza os produtos certificados, mas tende a elevar todo o setor de produção de soja no Brasil, consolidando a reputação nacional no mercado internacional.

“Nós acreditamos que o selo não vai elevar só a soja daquele certificado para outro nível. Vai levar toda a soja brasileira, porque quem está comprando essa soja certificada vai pensar: esse outro não tem o selo, mas produz da mesma forma, então a emissão no Brasil não é como estão dizendo”.

Portanto, a adesão ao PSBC não só beneficia os produtores individualmente, mas promove uma imagem mais positiva e sustentável da produção de soja brasileira no mercado global, alinhando-se com as demandas cada vez mais rigorosas por práticas agrícolas sustentáveis.

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Conclusão: Selo Soja Baixo Carbono – O Futuro Sustentável da Produção Agrícola

O Programa Soja Baixo Carbono (PSBC) da Embrapa representa uma revolução na forma como a sustentabilidade é integrada à produção agrícola brasileira. Com 15 indicadores de boas práticas e a busca por reduzir as emissões de gases de efeito estufa, o PSBC promete não apenas certificar os produtores, mas elevar a qualidade da soja brasileira como um todo.

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A validação do protocolo, a criação do Selo Soja Baixo Carbono e a perspectiva de reduzir as emissões de carbono em até 30% são marcos importantes nesse processo. A possibilidade de valorizar a produção, torná-la mais resistente às mudanças climáticas e acessar benefícios econômicos só reforçam a importância do PSBC para o futuro da agricultura no Brasil.

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo

Protocolo da Embrapa para Produção Sustentável de Soja

A Embrapa desenvolveu o Programa Soja Baixo Carbono (PSBC) para reunir as boas práticas da agricultura brasileira em um protocolo. Esse protocolo é um conjunto de indicadores que os produtores devem seguir para serem reconhecidos como ambientalmente sustentáveis. A validação atual está sendo feita em 67 propriedades rurais de todo o Brasil, com requisitos de adequação do imóvel rural e do sistema de produção. O lançamento oficial está previsto para 2026, e os sojicultores certificados poderão obter o Selo Soja Baixo Carbono.

O que é o Selo Soja Baixo Carbono?

O Selo Soja Baixo Carbono é uma certificação que comprova a produção sustentável de soja, ajudando a combater o aquecimento global. O protocolo do PSBC mostra que é possível reduzir as emissões de gases de efeito estufa em até 30% na produção de soja, tornando-a mais amigável ao meio ambiente e mais resiliente às mudanças climáticas.

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Quais são os benefícios do PSBC para os agricultores?

Além de contribuir para a preservação do meio ambiente, a adesão ao PSBC e a obtenção do Selo Soja Baixo Carbono podem trazer benefícios econômicos aos agricultores. Eles terão acesso a financiamentos com taxas de juros diferenciadas e possíveis bonificações no mercado. A adesão às boas práticas de produção também pode aumentar a produtividade e reduzir os custos de produção.

Por que o PSBC interessa aos produtores rurais?

Apesar de ainda haver poucos produtores interessados no reconhecimento, o PSBC pode elevar a reputação da produção brasileira de soja no mercado internacional. O Selo Soja Baixo Carbono não só agrega valor à soja certificada, mas também beneficia toda a cadeia produtiva, mostrando um compromisso real com a sustentabilidade e a responsabilidade ambiental.

Como a Embrapa está desenvolvendo o PSBC?

A Embrapa está trabalhando no desenvolvimento de uma calculadora de emissão de carbono para a soja, com base em índices e programas existentes no mundo. A intenção é criar uma ferramenta que atenda às demandas do mercado internacional e permita aos produtores brasileiros demonstrarem com precisão o impacto positivo de suas práticas sustentáveis na produção de soja.

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo

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Verifique a Fonte Aqui

Protocolo da Embrapa quer aproximar soja brasileira dos parâmetros internacionais; Selo Soja Baixo Carbono prova que a produção é sustentável.

As boas práticas da agricultura desenvolvidas, aprimoradas e aplicadas ao longo das últimas décadas no Brasil foram reunidas no protocolo e indicadores no Programa Soja Baixo Carbono (PSBC) da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). O documento é uma espécie de cartilha que o produtor deve seguir para ser reconhecido como sustentável ambientalmente.

“É uma forma de juntar tudo que foi feito de bom, que aumenta a produtividade, reduz custo e é sustentável. Colocar todas essas boas práticas em 15 indicadores de alcance do programa”, explica o coordenador do PSBC e pesquisador da Embrapa Soja, Henrique Debiasi, lembrando que o país ainda não tem métricas para comprovar a pegada de carbono na agricultura atualmente.

Política Agrícola: inovação institucional e reengenharia

O documento publicado agora está validando a metodologia aplicada em 67 propriedades rurais de todas as regiões brasileiras nas safras 2022/2023 e 2023/2024. Ele traz dois requisitos básicos: adequação do imóvel rural e adequação do sistema de produção. O primeiro inclui estar em dia com o Cadastro Ambiental Rural, algo essencial para qualquer produção. 

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Na adequação do sistema de produção, estão a aplicação de práticas obrigatórias, como o Sistema de Plantio Direto (SPD), adubação e correção de solo e uso de agrotóxicos prescritos. E ainda práticas complementares: Manejo Integrado de Pragas (MIP), rotação de culturas, integração lavoura-pecuária-floresta, uso de tecnologias, entre outras.

Segundo a Embrapa, essa publicação é a primeira versão do PSBC, que será entregue em 2026. A partir daí, os sojicultores poderão procurar empresas certificadoras credenciadas pela Embrapa para obter o Selo Soja Baixo Carbono – a comprovação da produção sustentável.  

Para calcular a emissão de carbono na soja, a Embrapa está desenvolvendo uma calculadora, com base em outros índices e programas que já existem no mundo. “Estamos olhando tudo para desenvolver algo que vai chegar muito próximo do que o mercado deseja”, afirma Debiasi.

O que o agricultor ganha produzindo soja baixo carbono
O PSBC pretende agregar valor à soja produzida em sistemas que reduzem as emissões de gases de efeito estufa e, assim, ajudam a combater o aquecimento global. O projeto começou em abril de 2021 e já indica que é possível produzir soja reduzindo a emissão de gases do efeito estufa em 30%, em média.  Ao Agro Estadão, Debiasi diz que o potencial é ainda maior. 

“Esse número que a gente chegou é conservador, preliminar, e com base no produtor médio nacional que já produz com sustentabilidade”, comenta. Ele explica que o resultado tem um impacto muito grande no compromisso que o Brasil firmou durante a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 26) – a principal é reduzir a emissão de carbono em 50% até 2030. 

A pesquisadora da Embrapa Soja, Roberta Carnevalli Monteiro, reforça a importância do Brasil comprovar as emissões. “Os cálculos foram feitos dessa forma, a soja foi produzida com essas boas práticas, o sequestro de carbono foi esse e são essas as emissões. Assim, não tem como contestar. Você prova em números e documentos a qualidade da produção de soja no Brasil que, frequentemente, é mal interpretada em outros países”, diz. 

Para quem interessa o PSBC
Os pesquisadores acreditam que ainda são poucos os produtores rurais interessados pelo reconhecimento, porque é mais complexo mensurar os ganhos reais. “De maneira geral, pouco mais da metade não está pensando nisso. E os que já aplicam as boas práticas têm os benefícios, mas não ganham nenhum diferencial no mercado. Esses são os que têm maior expectativa em relação ao selo”, afirma Roberta. 

“Nós acreditamos que o selo não vai elevar só a soja daquele certificado para outro nível. Vai levar toda a soja brasileira, porque quem está comprando essa soja certificada vai pensar: esse outro não tem o selo, mas produz da mesma forma, então a emissão no Brasil não é como estão dizendo”. Roberta Carnevalli Monteiro, pesquisadora da Embrapa Soja

Obter o selo traz ganhos para a produção, começando por torná-la mais resistente às mudanças climáticas. Essa é uma das vantagens da adoção de boas práticas, segundo a pesquisadora da Embrapa Soja.  

“Numa situação de onda de calor ou veranico, os sistemas vão aguentar mais sem perder produtividade ou perdendo muito menos do que na forma tradicional de cultivo. A expectativa de queda da produtividade em relação às mudanças climáticas é na ordem de 20% sem a aplicação das boas práticas”, pondera.

Além disso, as mesmas práticas que melhoram a sustentabilidade também aumentam a produtividade da soja e reduzem os custos de produção, argumentam os pesquisadores. E economicamente, já existem oportunidades de mercado para o agricultor preocupado em reduzir a emissão de carbono.

“Tem o acesso a financiamentos com taxas de juros diferenciadas e o pagamento de bonificações. Mas é algo que ainda está sendo estruturado”, afirma Debiasi. 

“Qual vai ser o diferencial é a grande questão! Quanto maior for a demanda [pela certificação da soja baixo carbono], maior tende a ser a bonificação”, reflete Roberta.

Fonte: Estadão Conteúdo

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ℹ️ Conteúdo publicado por Myllena Seifarth sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira

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