A evolução da cadeia de frango nos últimos 20 anos: tendências e recordes
Neste mês de janeiro, o Cepea completa duas décadas de divulgação de pesquisas sobre a cadeia de frango. Preços de quase 40 variedades de produtos avícolas são coletados diariamente pela equipe do Cepea em seis estados brasileiros. São dados valiosos que possibilitam análises abrangentes sobre movimentos de preços e do mercado da avicultura de corte nacional.
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Inicialmente, as pesquisas do Cepea tinham como focos os preços dos frangos inteiros congelados e resfriados nos principais estados produtores e os de comercialização da carne. Com a expansão das atividades, outras regiões e produtos relevantes para o setor foram sendo incorporados ao dia a dia da equipe. Esse dedicado trabalho tem como objetivo gerar referências de preços capazes de minimizar as assimetrias de informação no mercado da avicultura de corte do País.
O Cepea acompanhou a evolução do setor nestes últimos 20 anos. O Brasil conquistou um lugar de destaque no mercado global de avicultura, tornando-se o maior exportador mundial de carne de frango e o segundo maior produtor. Atualmente, mais de um terço de toda a proteína avícola transacionada no planeta tem origem brasileira. E essa tendência deve persistir nos próximos anos.
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Crescimento do Mercado Avícola
A avicultura de corte no Brasil cresceu consideravelmente nos últimos 20 anos, tornando o país o maior exportador mundial de carne de frango e o segundo maior produtor. Dados do IBGE e do USDA mostram um crescimento de 3,8% ao ano na produção brasileira, em comparação com a média mundial de 2,5% ao ano.
Impacto dos Eventos Externos
Eventos como a Peste Suína Africana na China, a pandemia de covid-19, a guerra entre Rússia e Ucrânia e o aumento de casos de Influenza Aviária no mundo influenciaram o mercado de avicultura brasileiro. O surto de PSA na China abriu oportunidades para o Brasil exportar carne de frango, enquanto a pandemia de covid-19 limitou a produção em outros países, impulsionando os volumes de produção e embarque no Brasil.
Expansão das Exportações
As exportações brasileiras de carne de frango cresceram 3,6% ao ano nas últimas duas décadas, impulsionadas por eventos externos e pela estratégia do setor avícola em diversificar os destinos da carne. Em 2023, as exportações somaram 5,1 milhões de toneladas, volume 6,8% superior ao do mesmo período de 2022, estabelecendo o terceiro recorde consecutivo de toda a série histórica da Secex, iniciada em 1997.
Tendências no Mercado Doméstico
A carne de frango também mantém uma forte presença no mercado doméstico brasileiro. Sua popularidade é atribuída à praticidade no preparo, ao custo-benefício e à saudabilidade, o que a torna uma opção atraente para a população, especialmente em tempos de crise econômica, como visto durante a pandemia de covid-19.
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Aspectos Econômicos e Mercado Brasileiro de Carne de Frango: Tendências e Perspectivas
Os dados mostram que a carne de frango ocupa um lugar de destaque no mercado doméstico brasileiro, devido à praticidade, variedade de produtos e ao custo-benefício. O Brasil tem se destacado como o maior exportador mundial de carne de frango e o segundo maior produtor, o que fortalece a posição do país nesse mercado. A análise dos fatores econômicos e sanitários globais mostra que a carne de frango brasileira tem sido bastante demandada nos últimos anos, impulsionando as exportações e mantendo preços acessíveis no mercado interno. Diante dessas tendências, é possível vislumbrar um futuro promissor para a cadeia de frango no Brasil, com novos recordes de exportação e uma permanente presença no mercado global.
Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo
Análise da cadeia de frango completa duas décadas de pesquisas do Cepea
Neste mês de janeiro, o Cepea completa duas décadas de divulgação de pesquisas sobre a cadeia de frango. Preços de quase 40 variedades de produtos avícolas são coletados diariamente pela equipe do Cepea em seis estados brasileiros. São dados valiosos que possibilitam análises abrangentes sobre movimentos de preços e do mercado da avicultura de corte nacional.
Inicialmente, as pesquisas do Cepea tinham como focos os preços dos frangos inteiros congelados e resfriados nos principais estados produtores e os de comercialização da carne. Com a expansão das atividades, outras regiões e produtos relevantes para o setor foram sendo incorporados ao dia a dia da equipe. Esse dedicado trabalho tem como objetivo gerar referências de preços capazes de minimizar as assimetrias de informação no mercado da avicultura de corte do País.
FAQs sobre a cadeia de frango e pesquisa do Cepea
Pergunta 1: Quais estados brasileiros são cobertos pelas pesquisas do Cepea?
Resposta: As pesquisas do Cepea abrangem seis estados brasileiros que são produtores de avicultura de corte.
Pergunta 2: O que motivou a expansão das atividades de pesquisa do Cepea?
Resposta: A expansão foi motivada pela inclusão de outras regiões e produtos relevantes para o setor de avicultura de corte.
Pergunta 3: Qual é o objetivo do trabalho realizado pelo Cepea?
Resposta: O objetivo do trabalho é gerar referências de preços capazes de minimizar as assimetrias de informação no mercado da avicultura de corte do País.
Pergunta 4: Qual o impacto das exportações na produção brasileira de carne de frango?
Resposta: As exportações têm sido fundamentais para absorver o crescimento da produção brasileira de carne de frango.
Pergunta 5: Como a guerra entre Rússia e Ucrânia impactou o mercado de avicultura brasileiro?
Resposta: A guerra entre Rússia e Ucrânia afetou a produção e exportação da carne de frango ucraniana, o que favoreceu a produção e a exportação brasileira.
Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo
Neste mês de janeiro, o Cepea completa duas décadas de divulgação de pesquisas sobre a cadeia de frango. Preços de quase 40 variedades de produtos avícolas são coletados diariamente pela equipe do Cepea em seis estados brasileiros. São dados valiosos que possibilitam análises abrangentes sobre movimentos de preços e do mercado da avicultura de corte nacional.
Inicialmente, as pesquisas do Cepea tinham como focos os preços dos frangos inteiros congelados e resfriados nos principais estados produtores e os de comercialização da carne. Com a expansão das atividades, outras regiões e produtos relevantes para o setor foram sendo incorporados ao dia a dia da equipe. Esse dedicado trabalho tem como objetivo gerar referências de preços capazes de minimizar as assimetrias de informação no mercado da avicultura de corte do País.
O Cepea acompanhou a evolução do setor nestes últimos 20 anos. O Brasil conquistou um lugar de destaque no mercado global de avicultura, tornando-se o maior exportador mundial de carne de frango e o segundo maior produtor. Atualmente, mais de um terço de toda a proteína avícola transacionada no planeta tem origem brasileira. E essa tendência deve persistir nos próximos anos.
Enquanto a produção de carne de frango no Brasil cresceu 3,8% a.a nas últimas duas décadas; o avanço mundial ficou em torno de 2,5% a.a, conforme apontam dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), compilados e analisados pelo Cepea. O mercado externo tem sido fundamental para absorção dessa produção que cresce rapidamente.
O crescimento médio anual das exportações brasileiras de carne de frango foi de 3,6% a.a. nos últimos 20 anos, conforme dados da Secex. Diversos fatores e eventos explicam esse movimento, mas, dentre os mais recentes, destacam-se a Peste Suína Africana (PSA), a pandemia de covid-19, a guerra entre Rússia e Ucrânia e o aumento de casos de Influenza Aviária (IA) no mundo.
Em 2019, o surto de Peste Suína Africana (PSA) na China dizimou grande parte do rebanho daquele país, que era o maior produtor e também consumidor da carne de porco. Diante disso, a China buscou proteínas alternativas, como a carne de frango, visando a abastecer seu mercado, cenário que acabou ajudando a impulsionar as exportações brasileiras de carne de frango.
Em 2020, o mundo foi surpreendido pela pandemia de covid-19. A doença, que assolou o mundo com milhões de mortes e mudanças tanto de ordem econômica quanto social, limitou os avanços da produção de frango em diversos países. O Brasil, no entanto, reunia todas as condições necessárias para elevar ainda mais os volumes de produção e de embarque.
Mesmo com todos os desafios envolvendo a produção e a distribuição de alimentos, a cadeia avícola nacional se manteve resiliente durante a pandemia, desempenhando um papel fundamental para a garantia de segurança alimentar não só do Brasil, mas também do mundo. Em 2020, pela primeira vez na história, a produção de carne de frango mundial ficou acima da de carne suína, atingindo 99,6 milhões de toneladas, conforme apontam dados do USDA.
Em 2022, um outro evento exógeno à economia brasileira, mas que também impactou o mercado de avicultura nacional, foi a guerra entre Rússia e Ucrânia. Além das quedas de produção e exportação da carne de frango ucraniana – até então o sexto maior exportador do mundo –, o conflito também trouxe outras consequências, como a instabilidade nos mercados financeiros, a volatilidade nos preços dos combustíveis e de produtos agropecuários. Foram efeitos que agravaram a atividade econômica em diversos países já bastante fragilizados por conta da pandemia de covid-19, o que, por sua vez, favoreceu a produção e a exportação da carne de frango brasileira.
A demanda externa pela carne brasileira não parou por aí. O Brasil seguiu elevando os embarques nos últimos anos. O crescente número de casos de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) no mundo, sobretudo em 2022, deu um novo impulso à demanda. E, mais uma vez, o Brasil foi “chamado para jogo” para suprir as lacunas deixadas pela queda e/ou limitação da produção de grandes países produtores.
Todo esse contexto econômico-sanitário global somado à estratégia do setor avícola brasileiro em diversificar cada vez mais os destinos da carne têm, portanto, favorecido as exportações brasileiras do produto ao longo dos últimos anos, fazendo com que o Brasil registre recorde atrás de recorde no volume embarcado. Em 2023, as exportações somaram 5,1 milhões de toneladas, volume 6,8% superior ao do mesmo período de 2022, e ainda, o terceiro recorde consecutivo de toda a série histórica da Secex, iniciada em 1997.
E como é de se esperar, a carne de frango também ocupa um lugar de destaque no mercado doméstico. A proteína se popularizou no Brasil por diversos fatores, como praticidade no preparo, grande portfólio de produtos, saudabilidade, mas, principalmente, devido ao custo-benefício.
A carne de frango costuma ter um valor mais acessível em comparação com outras carnes, como a bovina e a suína, tornando a proteína avícola uma boa opção para pessoas com menor poder aquisitivo – isso, inclusive, ficou bem evidente durante a pandemia de covid-19.
Em 2020, a redução do poder de compra da população brasileira devido aos impactos econômicos da pandemia de covid-19 e as intensas valorizações das carnes bovina e suína ajudaram a promover a competitividade e as vendas da carne de frango no País, que também se valorizou no período, porém, de forma menos pujante.
Já no ano passado, os preços da carne de frango voltaram a cair com força no mercado doméstico, refletindo a produção recorde da proteína. Nem mesmo as maiores exportações, que atingiram nova marca histórica pelo terceiro ano consecutivo, impediram os recuos nas cotações internas.
Outro fator que corroborou para a desvalorização da carne de frango no último ano foi o maior abate de bovinos e o consequente aumento na disponibilidade interna dessa proteína. A competitividade da carne de frango frente à de boi diminuiu em 2023, com a diferença de preços entre o frango inteiro resfriado e a carcaça casada bovina atingindo o menor patamar desde 2019. Ainda assim, dentre as principais proteínas cárneas demandadas no Brasil, a carne de frango se destaca como a mais em conta e a mais consumida.
