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O aumento das exportações de farelo de soja coloca o Brasil como maior fornecedor mundial
A safra 2022/23 promete ser um marco para o Brasil no mercado de farelo de soja. De acordo com estimativas divulgadas pelo USDA em 12 de julho, o país deve se tornar o maior fornecedor mundial desse subproduto, ultrapassando a Argentina que ocupa atualmente a primeira posição. Essa expectativa se dá tanto pelo menor processamento de soja na Argentina, estimado em 30 milhões de toneladas, o menor das últimas 18 safras, quanto pela maior demanda de consumo interno no Brasil, que também deve ser recorde, em 3,35 milhões de toneladas. A Argentina, por sua vez, estima exportar 21,2 milhões de toneladas do produto, o menor volume desde a safra 2004/05.
Com o aumento das exportações e a perspectiva de crescimento no consumo interno, os prêmios de exportação de soja no Brasil têm registrado altas significativas. No porto de Paranaguá (PR), por exemplo, o prêmio de exportação de soja para embarque em agosto/23 teve lances a US$ 11,00/st e pedidos a R$ 13,00/st no dia 13 de julho. Na semana anterior, os lances estavam em US$ 6,00/st, e os pedidos, em US$ 9,00/st. Essa valorização sinaliza tendências de aumento nos contratos de longo prazo.
Em relação aos preços da soja, eles também têm apresentado alta no Brasil. Na primeira quinzena de julho, o índice ESALQ/BM&FBovespa Paranaguá (PR) subiu 5,46%, chegando a R$ 146,27/saca (US$ 30,51)/saca no dia 14 de julho. Já o Índice CEPEA/ESALQ Paraná subiu 3,9%, atingindo R$ 136,31 (US$ 28,43/saca) a saca de 60 quilos no mesmo período.
No cenário internacional, os Estados Unidos também esperam um crescimento expressivo nas exportações de farelo de soja. O país estima exportar 12,70 milhões de toneladas, a maior quantidade desde 2017/18. Além disso, o consumo interno também deve registrar um aumento, previsto em 35,56 milhões de toneladas, também um recorde.
Quanto à demanda, a União Europeia, maior importadora mundial de farelo de soja, prevê uma redução de 4,21% nas compras da safra 2022/23, chegando a 16 milhões de toneladas. Essa diminuição está relacionada ao consumo interno, que pode ser o menor desde 2012/13. Já a Indonésia, segundo maior importador de farelo de soja do mundo, estima comprar 5,7 milhões de toneladas do produto na safra 2022/23, um recorde e 3% superior ao importado na temporada anterior.
Em conclusão, o Brasil está dando um importante passo para se estabelecer como o maior fornecedor mundial de farelo de soja. Com uma safra estimada em 12,5 milhões de toneladas a serem exportadas, o país supera a Argentina tanto em volume exportado quanto em demanda interna. Esse cenário tem impulsionado os preços da soja no mercado nacional e aumentado os prêmios de exportação, sinalizando boas perspectivas para o setor.
Perguntas e Respostas Frequentes:
1. Por que o Brasil está se tornando o maior fornecedor mundial de farelo de soja?
– A menor produção de soja na Argentina e a maior demanda de consumo interno no Brasil contribuem para esse cenário.
2. Quais são os principais exportadores de farelo de soja?
– Atualmente, a Argentina ocupa o primeiro lugar, mas o Brasil está se tornando o maior fornecedor mundial.
3. Como estão os preços da soja no Brasil?
– Os preços têm apresentado alta, impulsionados pelo aumento da demanda interna e externa.
4. Quais são os principais importadores de farelo de soja?
– A União Europeia é a maior importadora mundial, seguida pela Indonésia.
5. Qual é a perspectiva de crescimento das exportações de farelo de soja nos Estados Unidos?
– Os Estados Unidos esperam um crescimento expressivo, com a maior quantidade exportada desde 2017/18.
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Cepea, 18 de julho de 2023 – O Brasil deve aumentar as exportações de farelo de soja na safra 2022/23, tornando-se o maior fornecedor mundial desse subproduto – superando a Argentina, que hoje ocupa a primeira posição. O Brasil foi o último maior fornecedor mundial de farinha em 1997/98.
Assim, os prêmios de exportação de soja no Brasil continuam subindo, sinalizando maiores altas para os contratos de longo prazo. Segundo dados do Cepea, no porto de Paranaguá (PR), o prêmio de exportação de soja para embarque em agosto/23 teve lances a US$ 11,00/st e pedidos a R$ 13,00/st no dia 13 de julho. Na semana anterior, os lances estavam em US$ 6,00/st, e os pedidos, em US$ 9,00/st.
Assim, no dia 13 de julho, o preço FOB da soja no porto de Paranaguá foi calculado em US$ 479,06/st, 4,3% superior em sete dias. A cautela do consumidor limitou as avaliações em muitas regiões pesquisadas pelo Cepea. No entanto, a maioria dos agentes sinalizou a necessidade de comprar novos lotes para o curto prazo.
ESTIMATIVAS – Segundo relatório divulgado pelo USDA em 12 de julho, o Brasil estima exportar 12,5 milhões de toneladas de farelo de soja na safra 22/23 (22/out – 23/set), um recorde. Segundo a Secex, nesta safra (até 23/06), o Brasil exportou 15,26 milhões de toneladas do produto, o que representa 71% do total previsto pelo USDA.
As maiores exportações brasileiras estão ligadas tanto ao menor processamento de soja na Argentina – estimado em 30 milhões de toneladas, o menor das últimas 18 safras – quanto à maior demanda de consumo interno no país, que também deve ser recorde, em 3,35 milhões de toneladas. Com isso, as exportações de farelo da Argentina estão estimadas em 21,2 milhões de toneladas, os menores volumes desde a safra 2044/05.
Ainda de acordo com o USDA, os EUA devem exportar 12,70 milhões de toneladas de farelo de soja, a maior desde 2017/18. O consumo interno também deve crescer nesta temporada, previsto em 35,56 milhões de toneladas, também um recorde.
Quanto à demanda, a União Europeia, maior importadora de farelo de soja do mundo, deve reduzir as compras em 4,21% na safra 2022/23, para 16 milhões de toneladas. Isso se deve ao seu consumo interno, que pode ser o menor desde 2012/13. A Indonésia, segundo maior importador de farelo de soja do mundo, estima comprar 5,7 milhões de toneladas do produto em 22/23, um recorde e 3% superior ao importado na temporada anterior.
SOJA – Os preços da soja subiram no Brasil na primeira quinzena de julho, impulsionados pelo aumento da demanda no mercado interno e externo. Entre 30 de junho e 14 de julho, o índice ESALQ/BM&FBovespa Paranaguá (PR) subiu 5,46%, para R$ 146,27/saca (US$ 30,51)/saca no dia 14 de julho. O Índice CEPEA/ESALQ Paraná subiu 3,9%, para R$ 136,31 (US$ 28,43/saca) a saca de 60 quilos no dia 14 de julho.
(Cepea-Brasil)
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Fonte: Cepea
