Título: O Potencial de Reversão de Áreas Degradadas para o Cultivo de Soja no Brasil
Introdução
No Brasil, a questão da utilização da terra de forma sustentável é essencial para o desenvolvimento do agronegócio. Um estudo inédito da Serasa Experian revelou o potencial de reversão de áreas de pastagens degradadas para o cultivo de soja nos biomas Amazônia, Cerrado, Mata Atlântica e Pampa. Essa descoberta traz a possibilidade de expansão da área destinada ao plantio de soja em até 36,6 milhões de hectares, alinhando-se com as tendências do mercado por produtos sustentáveis.
Thank you for reading this post, don't forget to subscribe!O aumento previsto no plantio de soja nos próximos 10 anos, conforme projeções do Ministério da Agricultura, aponta para a utilização de apenas 1/3 das áreas disponíveis para o cultivo da leguminosa no Brasil. Isso demonstra que há uma oferta superior à demanda, levando em consideração as exigências ambientais cada vez mais rigorosas dos mercados consumidores, principalmente europeus.
Neste contexto, é fundamental entender como é possível transformar áreas de pastagens degradadas em áreas produtivas para o cultivo de soja, bem como quais serão os impactos socioeconômicos desse processo. O estudo da Serasa Experian fornece insights valiosos para o setor agropecuário e financeiro, indicando oportunidades de investimento e crédito para os produtores rurais.
Continue lendo para descobrir como a análise de dados geoespaciais pode revolucionar o cenário agrícola brasileiro e impulsionar a produção de soja de forma sustentável.
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Potencial de expansão da área de plantio de soja
O Estudo de Aptidão Agrícola da Serasa Experian revelou um potencial significativo de expansão da área de plantio de soja no Brasil, especialmente em áreas de pastagens degradadas. Atualmente, o país possui cerca de 45 milhões de hectares cultivados com soja, mas o estudo aponta que existem até 36,6 milhões de hectares aptos para o plantio da leguminosa em pastagens degradadas.
Incentivo ao uso sustentável da terra
O estudo ressalta a importância de aproveitar essas áreas de pastagens degradadas para expandir o plantio de soja, atendendo às exigências dos mercados consumidores por produtos livres de desmatamento. Além disso, a análise indica que há disponibilidade de pastagens aptas em diferentes biomas, permitindo um aumento significativo na produção da oleaginosa.
Oportunidades de crédito para os produtores
Para viabilizar essa expansão, são necessários investimentos da ordem de R$ 60 bilhões em até 10 anos, além de um custeio anual de R$ 50 bilhões para o cultivo. O estudo também identificou que a maior parte das áreas aptas para o plantio de soja pertence a produtores com perfil de crédito adequado, o que abre oportunidades para o mercado financeiro oferecer linhas de crédito específicas para esse fim.
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Conclusão
Diante do potencial identificado nas áreas de pastos degradados no Brasil, é crucial que sejam incentivados e realizados investimentos para a conversão dessas áreas em cultivos lucrativos, como a soja. Os dados apresentados no Estudo de Aptidão Agrícola da Serasa Experian revelam não apenas a extensão dessas oportunidades, mas também destacam a importância de atender às demandas crescentes por produtos sustentáveis.
A análise detalhada das áreas e do potencial de expansão para o plantio de soja mostra que há espaço para o crescimento do setor agrícola, desde que seja feito de forma responsável e sustentável. Além disso, a disponibilidade de pastagens aptas e a identificação de produtores com perfil de crédito favorável abrem caminho para a viabilização de investimentos e o aumento da produtividade no campo.
Portanto, é fundamental que sejam estabelecidas parcerias estratégicas entre o setor agrícola, instituições financeiras e órgãos governamentais para aproveitar ao máximo esse potencial, garantindo o desenvolvimento sustentável do agronegócio no Brasil e atendendo às demandas do mercado global.
Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo
Estudo de Aptidão Agrícola da Serasa Experian revela potencial de reversão de pastos degradados em cultivos lucrativos
O estudo realizado pela Serasa Experian aponta que o Brasil tem um potencial significativo para expandir a área de cultivo de soja, aproveitando pastagens degradadas. Essa oportunidade surge em um momento em que os mercados consumidores estão cada vez mais exigentes em relação à origem dos produtos, buscando opções livres de desmatamento.
FAQs
1. Quais são as áreas de pastagens degradadas no país?
O estudo identificou áreas degradadas nos biomas Amazônia, Cerrado, Mata Atlântica e Pampa, com potencial para cultivo de soja.
2. Qual o potencial de expansão para o plantio de soja?
O potencial de expansão chega a até 36,6 milhões de hectares em pastagens degradadas aptas para a cultura da soja.
3. Como foi feito o estudo de aptidão agrícola?
O estudo utilizou dados edafoclimáticos e imagens de satélite para identificar as áreas aptas para o cultivo de soja, seguindo uma metodologia semelhante ao Zoneamento Agrícola de Risco Climático.
4. Qual o impacto financeiro dessa expansão?
A expansão das áreas de pastagens para o cultivo de soja pode movimentar cerca de R$60 bilhões em 10 anos, com investimentos anuais de R$50 bilhões para o custeio do cultivo.
5. Como o estudo pode contribuir para o mercado financeiro?
O estudo identificou que cerca de 24,6 milhões de hectares pertencem a produtores com baixo risco de crédito, abrindo oportunidades para o setor financeiro apoiar a expansão do cultivo de soja.
Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo
Onde estão as áreas de pastos degradados no país, qual o seu desenho atual e quais as potencialidades para revertê-las em cultivos lucrativos? Esta é uma indagação recorrente entre estudiosos e pesquisadores sobre o uso da terra, um dos temas mais relevantes nos dias atuais para entender o quão se propõe a ser sustentável o agro de um país. O Brasil tem um potencial grandioso de reversão do uso da terra, como mostra o Estudo de Aptidão Agrícola feito de forma inédita pela Serasa Experian, primeira e maior Datatech do Brasil, apresentado nesta terça-feira (25).
O estudo aponta que nos quatro dos biomas – Amazônia, Cerrado, Mata Atlântica e Pampa – há um potencial de expansão para o plantio de soja da ordem de até 36,6 milhões de hectares (Mha) apenas sobre as tais pastagens degradadas aptas para a leguminosa e em linha com as exigências crescentes dos mercados consumidores por produtos livres de desmatamento. Atualmente, a área cultivada com soja, por safra, é da ordem de 45 milhões de hectares.
“Essa é uma boa notícia, porque, apesar dessa disponibilidade de pastagens aptas não ser a mesma para todos os estados e regiões brasileiras, o levantamento indica que existem mais pastagens aptas que o necessário para suprir essa demanda seguindo os protocolos ambientais mais rígidos, como é o caso das recentes exigências do mercado comprador Europeu, que não deverá mais estar aberto à soja brasileira proveniente de áreas desmatadas”, afirma ele.
Para chegar aos números do estudo, os especialistas da Serasa Experian utilizaram dados edafoclimáticos e seguiram uma metodologia semelhante ao que se faz no Zoneamento Agrícola de Risco Climático, desenvolvido pela EMBRAPA (ZARC), somada às séries históricas de mapas agrícolas produzidos pela empresa, por meio de imagens de satélite. A análise também foi realizada considerando apenas os CARs declarados, removendo àqueles com status “cancelado”
“Além da disponibilidade de pastagens aptas, olhar para o grau de degradação das áreas ajuda a definir a necessidade de investimentos para que esse processo de conversão ocorra”, afirma Riss. “E, ao juntarmos isso com a probabilidade de inadimplência de cada produtor, a informação se torna ainda mais estratégica para quem vai financiar esse processo”. De acordo com a instituição, os investimentos para expansão das áreas capturadas das pastagens para a soja podem movimentar cerca de R$ 60 bilhões em até 10 anos e, anualmente, outros R$ 50 bilhões para o custeio do cultivo.
“Queremos apoiar estrategicamente os bancos e todo o mercado financeiro a criar as melhores condições para permitir com que os produtores rurais tenham acesso ao crédito e possam expandir suas áreas, viabilizando certa previsão da demanda por investimentos, necessário à conversão das áreas, preparo e correção do solo, plantio até a colheita”, afirma Risso. “O valor médio necessário para converter 1 hectare de pastagem para o plantio de soja é de aproximadamente R$ 5 mil, podendo ser inferior em áreas menos degradadas ou até passar de R$ 6 mil em áreas mais severamente degradadas.”
O bioma Pampa se destaca pela maior proporção de pastagens aptas com ausência de degradação, com 52% (1,6 Mha) dos 3,1 Mha totais. Já a Mata Atlântica tem a maior proporção de pastagens com degradação severa, cerca de 40% (1,6 Mha) de um total de 4,0 Mha de pastagens propícias ao plantio de soja. Ainda assim, em termos absolutos, o Cerrado é o bioma com maior número de hectares degradados de forma severa, com 6,1 Mha de pastagens aptas para a soja nesta condição.
Em relação às Unidades Federativas (UF) o Pará, é o estado que dispõe da maior área de pastagens aptas ao plantio de soja e sem degradação (1,7 Mha) e o Mato Grosso do Sul é o que que possui a maior disponibilidade de pastos, com cerca de 6 Mha propícios à sojicultura. No entanto, é também nesse Estado em que se encontra a parcela mais expressiva de área degradada, proporcionalmente ao todo. Veja um TOP10 sobre as UFs no mapa abaixo:
De acordo com o estudo da Serasa Experian, também foi possível descobrir mais sobre a oportunidade de crédito ao explorar o perfil de possíveis demandantes. De acordo com dados do Agro Score, solução desenvolvida pela companhia, foi identificado que 24,6 dos 36,6 Mha de pastagens aptas para a soja pertencem a produtores com risco aceitável de crédito ou que possuem probabilidade de inadimplência inferior a 3%.
Para o head de agronegócio da Serasa Experian, Marcelo Pimenta, é estratégico para o mercado conseguir relacionar imagens de satélite, que mostram a capacidade de expansão das culturas brasileiras, com dados de crédito e perfis financeiros dos demandantes. “Temos a expertise suficiente para munir credores, instituições e os demais players sobre onde está o território a ser ocupado, quanto necessita de investimento e para quem ou como é possível emprestar essas linhas de crédito”, afirma Pimenta.