Após o comunicado recente da retomada das exportações de carne bovina à China, nas praças paulistas, os preços do boi gordo e da novilha subiram R$ 3 e R$ 1 por arroba, respectivamente, nesta segunda-feira, informa a Scot Consultoria.
Dessa maneira, o macho “comum” (destinado ao mercado interno) está valendo R$ 285/@ em São Paulo, enquanto a novilha gorda é negociada por R$ 270/@ (no prazo, preço bruto), segundo a Scot.
Por sua vez, a cotação da vaca gorda paulista ficou estável, em R$ 257 (valor bruto e a prazo).
O valor do “boi-China” (abatido mais jovem, com até 30 meses de idade) abriu a semana em R$ 290/@, mas houve registros de pedidos de R$ 295/@ a R$ 300/@, acrescenta a Scot.
Segundo apurou a S&P Global, a última semana de março começou com viés de preços firmes para o boi gordo, alinhados com o retorno dos embarques ao mercado chinês, bem como habilitação de novas plantas frigoríficas para atender a demanda do gigante asiático.
“Apesar da cautela de alguns compradores, a expectativa é positiva em relação à demanda de gado gordo por parte das indústrias, já que boa parte deve voltar aos negócios visando recompor as escalas de abate”, afirmam os analistas da S&P Global.
Nas regiões monitoradas pela consultoria, verificou-se que há um ambiente de oferta limitada de lotes terminados, já que muitos pecuaristas seguram a boiada gorda no pasto, à espera de melhores negócios, acrescentam os analistas.
“Neste verão, foram registrados volumes significativos de chuvas, o que possibilitou a formação de bons volumes de massa verde no campo”, observa S&P Global.
Pelo lado da indústria, diz a consultoria, a retomada das operações de abate do “boi-China” deve ocorrer de maneira cadenciada, já que ainda há plantas de abate em férias coletivas.
“As programações de abate devem ganhar mais força na primeira semana de abril”, acreditam os analistas. Segundo a S&P Global, muitos frigoríficos continuam tentando reduzir os preços do boi “comum”, devido ao enfraquecimento do consumo interno de carne bovina.
Com isso, dizem os analistas, a diferença de preços do animal “comum” em relação ao “boi-China” tende a avançar nas próximas semanas.
“Perspectivas econômicas de arrefecimento na atividade e pressão inflacionária retiram boa parte da demanda interna, deslocando ao consumo para proteínas concorrentes mais baratas”, afirmam os analistas.
No entanto, as escalas de abate dos frigoríficos brasileiros seguem relativamente apertadas, o que sugere preços firmes para arroba no curto prazo.
Cotações máximas de machos e fêmeas nesta segunda-feira, 27/3
(Fonte: S&P Global)
SP-Noroeste:
boi a R$ 296/@ (prazo)
vaca a R$ 258/@ (prazo)
MS-Dourados:
boi a R$ 274/@ (à vista)
vaca a R$ 249/@ (à vista)
MS-C.Grande:
boi a R$ 271/@ (prazo)
vaca a R$ 251/@ (prazo)
MT-Cáceres:
boi a R$ 256/@ (prazo)
vaca a R$ 231/@ (prazo)
MT-Cuiabá:
boi a R$ 259/@ (à vista)
vaca a R$ 229/@ (à vista)
MT-Colíder:
boi a R$ 246/@ (à vista)
vaca a R$ 221/@ (à vista)
GO-Goiânia:
boi a R$ 251/@ (prazo)
vaca R$ 236/@ (prazo)
GO-Sul:
boi a R$ 251/@ (prazo)
vaca a R$ 236/@ (prazo)
PR-Maringá:
boi a R$ 281/@ (à vista)
vaca a R$ 246/@ (à vista)
MG-Triângulo:
boi a R$ 286/@ (prazo)
vaca a R$ 243/@ (prazo)
MG-B.H.:
boi a R$ 251/@ (prazo)
vaca a R$ 236/@ (prazo)
BA-F. Santana:
boi a R$ 244/@ (à vista)
vaca a R$ 234/@ (à vista)
RS-Fronteira:
boi a R$ 270/@ (à vista)
vaca a R$ 240/@ (à vista)
PA-Marabá:
boi a R$ 240/@ (prazo)
vaca a R$ 231/@ (prazo)
PA-Redenção:
boi a R$ 236/@ (prazo)
vaca a R$ 227/@ (prazo)
PA-Paragominas:
boi a R$ 251/@ (prazo)
vaca a R$ 236/@ (prazo)
TO-Araguaína:
boi a R$ 236/@ (prazo)
vaca a R$ 214/@ (prazo)
RO-Cacoal:
boi a R$ 227/@ (à vista)
vaca a R$ 207/@ (à vista)
MA-Açailândia:
boi a R$ 241/@ (à vista)
vaca a R$ 212/@ (à vista)
