Mesmo com as incertezas econômicas que permeiam o mercado mundial em 2023, a expectativa é de que o setor suinícola brasileiro cresça neste ano.
Segundo pesquisadores do Cepea, o fundamento vem dos possíveis aumentos das demandas interna e, sobretudo, externa. No Brasil, o poder de compra tende a se manter fragilizado, o que, por sua vez, acaba aquecendo a demanda doméstica pela carne suína, que apresenta mais competitividade frente a outras, como a bovina.
Além disso, estratégias da indústria em investir em diversificação e posicionamento do produto suinícola no mercado doméstico devem ser mantidas em 2023, fortalecendo a demanda pela proteína.
Quanto à procura externa pela carne brasileira, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) estima que as exportações nacionais tenham incremento de 2,7% e a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), de 12%.
A aposta do setor está na diversificação dos destinos e na consolidação de parcerias firmadas ao longo do ano passado. Do lado da oferta, estimativas realizadas pelo Cepea apontam possível avanço de 3,3% na produção nacional de 2022 para 2023.
Contudo, é importante destacar que o custo de produção elevado deve seguir pressionando as margens de lucro do suinocultor brasileiro, especialmente os que atuam no mercado independente.