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Analista esclarece dúvidas sobre uso de estratégias de proteção aos preços da arroba • Portal DBO

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Em artigo publicado no último boletim semanal da Scot Consultoria, o zootecnista Douglas Coelho, sócio da Radar Investimentos, esclareceu dúvidas sobre como utilizar corretamente as ferramentas de proteção (hedge) dos preços do boi gordo.

“Certas questões são comuns aos pecuaristas e compreendê-las pode ser um passo fundamental para a longevidade na atividade”, diz Coelho, que, segundo ele, tem 20 anos de experiência no mercado agrícola, principalmente na pecuária.

“Já passamos por tempestades, bonanças e crises que marcaram na pele, como a febre aftosa, a operação Carne Fraca, o ‘Joesley Day’, a greve dos caminhoneiros, a Covid-19 e os atípicos ‘loucos vaca'”lembra o analista, que revela a seguir algumas dúvidas sobre as operações de proteção de preços na pecuária de corte.

– O que é seguro de preço mínimo para gado vivo?

No jargão do mercado, é conhecido como colocar. É uma proteção contra preços baixos, que funciona como um seguro de carro.

O pecuarista paga certa quantia para ser protegido caso o preço da arroba caia abaixo de certo patamar. Cada contrato de seguro de preço mínimo do boi protege 330 arrobas.

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– Quando é um bom momento para travar o preço de alta?

Os três principais pontos que precificam o seguro do preço do gado são: mercado futuro, prazo de vencimento e volatilidade.

Para ser direto ao ponto, quando o mercado futuro está em alta (toda tela verde), o pecuarista pode ter a oportunidade de adquirir um seguro de preço mínimo que tende a protegê-lo em um patamar de preço mais alto, pagando pouco pela ferramenta.

O tempo também é relevante na precificação. Lembrando que, quando o gado é colocado no cocho, ele praticamente “já saiu do mercado”. Portanto, entre 3 e 4 meses antes de precificar/eliminar, faz sentido procurar essa ferramenta de proteção de preço.

Devo proteger apenas uma parte ou todo o rebanho?

Neste ponto devemos fazer a mesma comparação com o seguro de carro. Na maioria das vezes, o pecuarista, ao comprar uma picape novinha na concessionária, não sai da loja sem seguro para perda total de 100% do veículo.

A lógica é a mesma olhando para o gado. Da mesma forma que não sabemos o que pode acontecer no próximo bloco, também não é possível antecipar a próxima crise política, a descoberta pontual de um animal príon com mais de 12 anos no Pará, ou no Paraná… crise em alguma empresa importante do setor de proteínas.

Dessa forma, pondera o analista, o ideal é proteger os ativos que estão no pasto. Melhor estar mais protegido do que menos protegido.

É importante lembrar que a intenção deste artigo é chamar a atenção dos pecuaristas para as atuais ferramentas da B3 que protegem as margens e sua permanência na atividade.

Ou seja, minimizar o risco de mercado, já que incorre em diversas outras pressões na pecuária. Isso não constitui qualquer recomendação de compra ou venda de valores mobiliários.

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