Crise no setor leiteiro devido ao excesso de importações

Problema considerável com o custo da produção

Alerta: risco de desabastecimento de leite 1

Proteção necessária devido à natureza perecível do produto

Diante do excesso de importações de leite em pó, vindo de países do Mercosul, há um sério risco de desabastecimento do produto. Esta situação impacta negativamente o setor leiteiro brasileiro, com preços significativamente abaixo dos custos de produção, levando à desvalorização da atividade em Minas, onde 8% dos produtores já abandonaram a pecuária leiteira este ano.

Além disso, com o produto sendo perecível, a capacidade de estocagem é limitada, tornando a atuação governamental essencial para fornecer proteção ao setor.

Com o atual cenário, há a necessidade clara de uma política específica de proteção para o mercado de leite, que, embora presente em 98% dos municípios do país, não tem recebido a atenção necessária.

A saída de produtores da atividade agravará ainda mais o quadro já prejudicado, com a situação se desdobrando em um problema de fornecimento a médio e longo prazo, visto que uma reentrada na atividade levará pelo menos 36 meses. A atenção do governo federal ao tema tem sido positiva e reconhecida, porém ainda há muito a ser feito para lidar com a situação.
Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo

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Nesta segunda-feira (1812) o presidente da Federação da Agricultura, Antônio Pitangui de Salvo, deu uma coletiva de balanço do ano, na sede da instituição, no bairro Floresta, em Belo Horizonte.

 

De Salvo disse que o segmento leiteiro “tomou um coice de uma vaca mal piada” com o excesso de importações de leite em pó, com alíquota zero, vindo de países do Mercosul, principalmente Argentina e Uruguai. Na avaliação dele, há risco de desabastecimento: “Se, porventura tivermos uma melhoria nos preços pagos ao produtor, por uma impossibilidade de importação ou por uma variação cambial poderemos ter sérios problemas de abastecimento de leite para as populações mineira e brasileira”.

 

Preços estão abaixo dos custos de produção

 

Segundo o presidente, o governo publicou um Decreto, tirando os 9,5% de isenção para quem estiver importando, “mas isso só vai passar a vigorar em fevereiro e o que estamos vendo é uma continuidade de preços estabelecidos nas diversas regiões de Minas, muito abaixo do custo de produção. O efeito danoso disso não é só imediato é a médio e longo prazo. Em Minas, 8% dos produtores, somente esse ano, já abandonaram a pecuária leiteira”, revelou, referindo-se a um ‘problema social com graves e incalculáveis consequências’.

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Por ser um produto perecível, setor precisa de proteção

 

“Leite é tratado em outros países como uma política pública e isso é uma coisa que não vemos no Brasil. É preciso proteger esse setor”, disse De Salvo.

 

Ele explicou que, na pecuária de corte, por exemplo, se a arroba do boi cai de R$ 300 para R$ 200, o produtor segura o bezerro, não vende para o frigorífico e espera o preço melhorar.

 

“Com o leite é diferente, porque ele precisa ser tirado da teta da vaca, no mínimo, uma ou duas vezes por dia e precisa ser entregue a um laticínio. Não tem como estocar. Na cafeicultura, você estoca, você trava. Na pecuária leiteira, não tem o que fazer. Por isso, é um setor que precisa de uma política mais específica. A gente não vê isso no Brasil e isso não é culpa desse governo. Isso vem sendo feita dessa forma há muito tempo. Vale lembrar que essa é a única atividade que está presente em 98% dos municípios mineiros e brasileiros”.

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Quem sai da atividade, não volta com menos de 36 meses

 

O presidente alertou que, se 8 ou 10% dos produtores sairem da atividade, eles não voltam com menos de 36 meses, por questões biológicas e de logística. “Então podemos nos preparar para termos um problema seríssimo de fornecimento porque já há quedas significativas nas produções mineira e brasileira”.

 

Ministro Carlos Fávaro tem sido sensível: “nos atendeu em tudo”

 

Apesar do cenário pessimista, o presidente reconhece que a interlocução com o governo federal, a respeito desse tema, tem sido positiva. “Estivemos com o ministro Carlos Fávaro duas vezes. É um homem muito sensível. Basicamente tudo o que foi pedido, foi cumprido. O problema é que o que a gente precisava era impossível de ser cumprido, que era o fechamento total das importações, para que não entrasse aqui mais nenhum quilo de leite em pó de outros países”.

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As informações são do Itatiaia, adaptadas pela equipe MilkPoint.

 

 

 

Impacto das Importações no Setor Leiteiro

De acordo com o presidente da Federação da Agricultura, Antônio Pitangui de Salvo, o excesso de importações de leite em pó, provenientes de países do Mercosul, principalmente Argentina e Uruguai, tem causado prejuízos ao segmento leiteiro. Salvo afirmou que o setor está enfrentando preços abaixo dos custos de produção, o que tem impactado negativamente a produção leiteira em Minas Gerais e no Brasil.

Riscos de Desabastecimento e Abandono da Pecuária Leiteira

O presidente alertou para o risco de desabastecimento de leite para as populações mineira e brasileira, caso não haja uma melhoria nos preços pagos ao produtor, seja por uma impossibilidade de importação ou por variações cambiais. Além disso, Salvo revelou que 8% dos produtores já abandonaram a pecuária leiteira somente este ano, ocasionando problemas sociais e consequências graves para o setor.

Necessidade de Proteção do Setor Leiteiro

O presidente ressaltou a necessidade de proteção do setor leiteiro, comparando-o com outras atividades agropecuárias. Ele destacou a falta de políticas específicas para o setor e alertou para a urgência em estabelecer medidas que possam garantir a sustentabilidade da produção de leite no país.

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Impacto Biológico e Logístico de Saída da Atividade

Salvo enfatizou que o abandono da atividade leiteira por parte dos produtores pode acarretar em um problema de fornecimento de leite, uma vez que o retorno dos produtores à atividade demanda um período mínimo de 36 meses, devido a questões biológicas e logísticas. Esse cenário pode agravar ainda mais a situação do setor.

Interlocução com o Governo em Busca de Soluções

Apesar do panorama desafiador, o presidente reconheceu a importância da interlocução com o governo federal, destacando a receptividade do Ministro Carlos Fávaro em relação às demandas do setor. No entanto, ele ressaltou que medidas mais enérgicas são necessárias para garantir a estabilidade da produção leiteira no país.

Pergunta 1: Qual é a importância do segmento leiteiro para a economia brasileira e mineira?
Resposta 1: O segmento leiteiro é importante para a economia brasileira e mineira por ser uma atividade presente em 98% dos municípios e por gerar emprego e renda para muitas famílias.

Pergunta 2: Por que o excesso de importações de leite em pó pode causar problemas de abastecimento de leite no Brasil?
Resposta 2: O excesso de importações de leite em pó, com alíquota zero, vindo de países do Mercosul, pode causar problemas de abastecimento de leite no Brasil devido ao risco de desestimular a produção nacional e levar à saída de produtores da atividade.

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Pergunta 3: Como a questão do leite pode afetar a população brasileira?
Resposta 3: A questão do leite pode afetar a população brasileira ao causar risco de desabastecimento, o que poderia ter impactos negativos na disponibilidade e no preço do produto para os consumidores.

Pergunta 4: Como a pecuária leiteira difere de outras atividades agropecuárias em relação à possibilidade de estocar o produto?
Resposta 4: Diferentemente de outras atividades agropecuárias, a pecuária leiteira não permite estocar o produto devido à necessidade de ordenha frequente das vacas e à natureza perecível do leite.

Pergunta 5: Qual é a importância de uma política mais específica para proteger o setor leiteiro no Brasil?
Resposta 5: Uma política mais específica é importante para proteger o setor leiteiro no Brasil devido à sua relevância social, econômica e regional, tendo em vista a necessidade de garantir a sustentabilidade e a segurança alimentar do país.

Perguntas Frequentes Sobre a Crise na Pecuária Leiteira

Como a importação de leite em pó está afetando a pecuária leiteira?

A importação de leite em pó, com alíquota zero, está causando um impacto negativo na produção nacional de leite. Isso resultou em preços muito abaixo do custo de produção, levando muitos produtores a abandonarem a atividade.

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Qual é o risco de desabastecimento de leite?

O presidente da Federação da Agricultura alertou para um sério risco de desabastecimento de leite para a população mineira e brasileira, devido à queda na produção e ao abandono da atividade por parte dos produtores.

Por que o setor leiteiro precisa de proteção?

O leite é um produto perecível e o segmento leiteiro enfrenta desafios específicos que o tornam vulnerável a oscilações de preços e à concorrência externa. Por isso, o presidente ressaltou a necessidade de proteção e políticas específicas para o setor.

O que tem sido feito para enfrentar essa crise?

O presidente destacou a interlocução com o governo federal e o apoio do Ministro Carlos Fávaro, mas ressaltou que a situação ainda é preocupante e requer medidas urgentes para evitar um colapso na produção de leite.




Nesta segunda-feira (1812) o presidente da Federação da Agricultura, Antônio Pitangui de Salvo, deu uma coletiva de balanço do ano, na sede da instituição, no bairro Floresta, em Belo Horizonte.

 

De Salvo disse que o segmento leiteiro “tomou um coice de uma vaca mal piada” com o excesso de importações de leite em pó, com alíquota zero, vindo de países do Mercosul, principalmente Argentina e Uruguai. Na avaliação dele, há risco de desabastecimento: “Se, porventura tivermos uma melhoria nos preços pagos ao produtor, por uma impossibilidade de importação ou por uma variação cambial poderemos ter sérios problemas de abastecimento de leite para as populações mineira e brasileira”.

 

Preços estão abaixo dos custos de produção

 

Segundo o presidente, o governo publicou um Decreto, tirando os 9,5% de isenção para quem estiver importando, “mas isso só vai passar a vigorar em fevereiro e o que estamos vendo é uma continuidade de preços estabelecidos nas diversas regiões de Minas, muito abaixo do custo de produção. O efeito danoso disso não é só imediato é a médio e longo prazo. Em Minas, 8% dos produtores, somente esse ano, já abandonaram a pecuária leiteira”, revelou, referindo-se a um ‘problema social com graves e incalculáveis consequências’.

 

Por ser um produto perecível, setor precisa de proteção

 

“Leite é tratado em outros países como uma política pública e isso é uma coisa que não vemos no Brasil. É preciso proteger esse setor”, disse De Salvo.

 

Ele explicou que, na pecuária de corte, por exemplo, se a arroba do boi cai de R$ 300 para R$ 200, o produtor segura o bezerro, não vende para o frigorífico e espera o preço melhorar.

 

“Com o leite é diferente, porque ele precisa ser tirado da teta da vaca, no mínimo, uma ou duas vezes por dia e precisa ser entregue a um laticínio. Não tem como estocar. Na cafeicultura, você estoca, você trava. Na pecuária leiteira, não tem o que fazer. Por isso, é um setor que precisa de uma política mais específica. A gente não vê isso no Brasil e isso não é culpa desse governo. Isso vem sendo feita dessa forma há muito tempo. Vale lembrar que essa é a única atividade que está presente em 98% dos municípios mineiros e brasileiros”.

 

Quem sai da atividade, não volta com menos de 36 meses

 

O presidente alertou que, se 8 ou 10% dos produtores sairem da atividade, eles não voltam com menos de 36 meses, por questões biológicas e de logística. “Então podemos nos preparar para termos um problema seríssimo de fornecimento porque já há quedas significativas nas produções mineira e brasileira”.

 

Ministro Carlos Fávaro tem sido sensível: “nos atendeu em tudo”

 

Apesar do cenário pessimista, o presidente reconhece que a interlocução com o governo federal, a respeito desse tema, tem sido positiva. “Estivemos com o ministro Carlos Fávaro duas vezes. É um homem muito sensível. Basicamente tudo o que foi pedido, foi cumprido. O problema é que o que a gente precisava era impossível de ser cumprido, que era o fechamento total das importações, para que não entrasse aqui mais nenhum quilo de leite em pó de outros países”.

 

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