Agenda climática atrairia US$ 100 bi em investimento ao agro

Agenda climática atrairia US$ 100 bi em investimento ao agro

O novo estudo do Boston Consulting Group, intitulado Semeando o futuro: o agronegócio como pilar da transição climática no Brasil, indicou que, para viabilizar as áreas prioritárias de uma agenda positiva de redução de emissões, devem ser investidos US$ 100 bilhões em agricultura, bioenergia e soluções baseadas na natureza até 2030. Esta afirmação é reforçada por Arthur Ramos, diretor executivo e sócio do BCG, e um dos autores do estudo.

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“O investimento na agenda de baixo carbono do setor, que hoje responde por 20% das emissões nacionais, será uma oportunidade para o agronegócio ser protagonista na agenda de transição climática. A indústria tem o desafio de buscar uma posição relevante no quesito clima, não só para o Brasil, mas para o mundo como um todo. A articulação da cadeia produtiva certamente possibilitará a materialização dessas oportunidades”, afirma.

Segundo o BCG, podem envolver investimentos para maior aproveitamento do plantio direto, sistemas de irrigação eficientes, recuperação de pastagens degradadas e mudanças na infraestrutura de transporte de produtos agrícolas. Embora já adotado no Brasil, e refletido no Plano ABC, ainda há muito espaço para o agronegócio avançar no uso dessas técnicas mais inovadoras.

“Já se espera que até 2040 cerca de metade da matriz energética do Brasil venha da biomassa, cuja fonte produtiva é a agricultura. E isso é um grande diferencial em relação ao resto do mundo. O que vemos na média global é que a participação dos combustíveis fósseis na matriz ainda será superior a 60% no mesmo ano, apesar de todos os esforços globais para reduzir as emissões. Esta é uma oportunidade para o Brasil não apenas atuar localmente, mas contribuir globalmente com outros mercados em seu processo de descarbonização por meio da bioenergia”, afirma o executivo.



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