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Na semana passada, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) confirmou um caso de Doença de Aujeszky em um rebanho suíno em São Gabriel (RS), na Fronteira Ocidental. O criador notificou as autoridades competentes após a morte de suínos na propriedade com sintomas neurológicos comuns. A investigação foi realizada pelo Serviço Veterinário Oficial do Estado, que identificou sinais clínicos compatíveis com a doença. Foram realizados testes de neutralização viral em um dos animais, confirmando o diagnóstico positivo.
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Para conter a doença, procedimentos padronizados foram realizados nesses casos. O local foi interditado e os demais suínos da fazenda foram abatidos. O monitoramento também foi ampliado para 180 imóveis localizados em um raio de 5 quilômetros no entorno do foco e outros com vínculo epidemiológico. Havia 36 suínos, 34 ovinos e um bovino no local.
Segundo a Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (SEAPDR) do Rio Grande do Sul, a doença é um impedimento ao comércio e à exportação de carne, mas, por não ter sido registrada em fazenda comercial e estar longe do centro de produção, não deverá causar impactos. Como medida preventiva, porém, foi suspenso o transporte de carcaças de javalis abatidos em São Gabriel. A medida ocorre para evitar que animais que eventualmente possam estar infectados transmitam a doença.
Acsurs: caso de doença de Aujeszky já está controlado
A Associação dos Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs) destaca que a produção no estado está concentrada nos Vales do Taquari e do Caí, Serra, Norte e Noroeste, regiões relativamente distantes e isoladas. O presidente da entidade, Valdecir Folador, disse ao Canal Rural RS que o caso da doença de Aujeszky já foi controlado e que o “risco de novas consequências é praticamente zero”.
“Na próxima segunda-feira (2) sairão os resultados de todas as amostras de suínos que foram eliminados e veremos se realmente houve caso ou se a análise daquele suíno, inicialmente, não foi falso positivo, o que pode acontecer”, destaca Folador. “É por isso que o segundo exame é importante. Fomos ágeis nesse caso e o setor acompanhou de perto tanto a coleta de amostras quanto a destinação desses animais eliminados.”
Rio Grande do Sul tem o terceiro maior rebanho suíno do país
O Rio Grande do Sul possui um rebanho de mais de 5 milhões de suínos, o terceiro maior do país, atrás apenas dos outros dois estados do Sul: Santa Catarina e Paraná. No ano passado, o Rio Grande do Sul abateu 10.554.571 animais, o que representa um aumento de 6,05% em relação a 2020. O Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal do Rio Grande do Sul (Fundesa-RS) reforça a importância das notificações dos produtores em caso de suspeitas, como como aconteceu em São Gabriel. Dessa forma, é possível agir rapidamente e conter a doença para que ela não se espalhe para outras propriedades.
Os produtores rurais que contribuem com o fundo têm direito à remuneração da Fundesa-RS. Por se tratar, segundo a Seapdr, de uma fazenda de subsistência, para consumo próprio, o caso de Doença de Aujeszky identificado em São Gabriel não é elegível a indenização. O órgão também acredita que não haverá grandes impactos, já que o município não possui fazendas destinadas à exportação. Além disso, o acordo bilateral com a Rússia prevê o isolamento apenas do município onde foi detectado o caso da doença.
Estado não tinha histórico recente da doença
O Rio Grande do Sul não registra casos da doença de Aujeszky desde 2003. A doença – também chamada de pseudoraiva – é causada por um herpesvírus. O suíno é o hospedeiro natural do vírus, mas outras espécies como bovinos, ovinos, caprinos, cães e gatos podem ser infectadas. Os animais infectados geralmente apresentam febre, depressão, sinais clínicos neurológicos, respiratórios e reprodutivos. Todos os casos suspeitos devem ser notificados imediatamente ao Serviço Veterinário Oficial (SVO) de qualquer caso suspeito.
A doença não é de notificação obrigatória à Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA, antiga OIE), devendo ser informada no relatório semestral enviado pelo Brasil à instituição. “Nossas fazendas são referência em biossegurança. Somente pessoas autorizadas e com as medidas sanitárias recomendadas entram nas granjas. A suinocultura profissional está muito bem protegida e se você confiar neste caso não há risco nenhum. Temos que estar sempre atentos para resolver qualquer problema no início”, acrescenta Valdecir Folador, da Acsurs.
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O caso de Doença de Aujeszky em um rebanho suíno no Rio Grande do Sul está controlado e não deverá causar grandes impactos na produção e exportação de carne no estado. O local foi interditado, os animais foram abatidos e medidas preventivas, como a suspensão do transporte de carcaças de javalis abatidos em São Gabriel, foram adotadas para evitar a disseminação da doença. O presidente da Associação dos Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs) afirmou que o risco de novas consequências é praticamente zero. O estado possui o terceiro maior rebanho suíno do país, mas a doença não foi registrada em fazendas comerciais e está longe do centro de produção.
Perguntas:
1. Qual foi a doença confirmada em um rebanho suíno no Rio Grande do Sul?
2. Quais foram os procedimentos adotados para conter a doença?
3. Por que a produção e exportação de carne no estado não deverão ser impactadas?
4. Qual é a posição da Associação dos Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul em relação ao caso?
5. Como o Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal do Rio Grande do Sul reforça a importância das notificações dos produtores em casos suspeitos?