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ABIEC na COP30: rastreabilidade, descarbonização e carne bovina sustentável

ABIEC na COP30: rastreabilidade como pilar da carne bovina

A rastreabilidade da carne bovina é mais que um requisito de mercado. Ela conecta o produtor ao consumidor e ao sistema de inspeção.

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Na COP30, a ABIEC coloca a rastreabilidade no centro da agenda.

É sobre saber de onde veio cada carcaça, quando foi abatida e como foi transportada.

Com dados disponíveis, frigoríficos, traders e produtores reduzem riscos, melhoram a qualidade e ganham confiança.

Como funciona na prática

Cada animal recebe um identificador único. Quando movido, o sistema atualiza o histórico.

Os dados acompanham carcaça, lote e trajeto, desde o pasto até o frigorífico.

Benefícios para o produtor

Mais transparência facilita acesso a mercados premium e pode justificar melhores preços.

Reduz recalls, agiliza auditorias e facilita tomada de decisões sobre manejo.

Como começar hoje

Comece com identificação simples, como brincos ou chips; registre nas planilhas ou app.

Integre dados de alimentação, sanidade, peso e transporte para um histórico confiável.

A rastreabilidade é ferramenta prática que protege o bolso do produtor e garante alimento confiável.

Descarbonização: cenários e caminhos para o setor

A descarbonização no agronegócio não é moda, é uma estratégia prática para reduzir emissões e manter a rentabilidade da fazenda. Ela depende de manejo, tecnologia e gestão de energia aplicados ao dia a dia, sem complicação desnecessária.

Entender os cenários ajuda a planejar. Hoje, o setor mapeia fontes de carbono, escolhe caminhos de melhoria e monitora resultados para ver o que funciona de verdade.

Cenários para o setor

  1. Cenário de continuidade: práticas atuais, emissões estáveis e custos previsíveis. O foco é evitar retrocessos e manter a produção.
  2. Cenário de melhoria: integra manejo de pastagens, alimentação adequada e energia mais eficiente. Emissões caem, ganho de produtividade aumenta o lucro por hectare.
  3. Cenário de baixo carbono ou net zero: combina ações progressivas com compensação, como manejo de solos, reflorestamento e créditos de carbono, para metas mais ambiciosas.

Caminhos práticos para a descarbonização

  • Manejo de pastagens: rotação de pastos, adubação baseada em solo, inclusão de leguminosas e uso de indicadores simples (como observação de densidade de pastagem) para elevar a produção com menos emissões.
  • Alimentação e dietas: balancear ração e uso de aditivos aprovados que reduzem emissões entéricas. Ajuste a dieta para manter ganho de peso sem aumentar a produção de metano.
  • Manejo de dejetos: armazenamento adequado, compostagem e, quando viável, biodigestores para gerar biogás que substitui energia fóssil e reduz odores.
  • Energia e frota: adotando fontes renováveis (painéis solares) para bombas, ordenhadeiras e iluminação. Sempre que possível, substitua veículos a diesel por opções elétricas ou híbridas.
  • Logística e transporte: planejamento de rotas, consolidar cargas e reduzir quilômetros percorridos, cortando emissões no transporte.
  • Medição e rastreabilidade: use sensores simples e planilhas para acompanhar emissões por animal, por litro de leite ou por kg de carne. A métrica CO2e ajuda a comparar cenários.
  • Gestão de solo: práticas como plantio direto e cobertura vegetal aumentam sequestração de carbono no solo, além de melhorar a saúde da microbiota e a resiliência da lavoura.

Implementação prática e retorno

Comece com ações de baixo custo e alto impacto, como manejo de pastagens e alimentação mais eficiente. Registre resultados trimestralmente e compare com o ano anterior para verificar ganhos reais. Em alguns ciclos, a economia com combustível, ração e mão de obra pode superar o investimento inicial.

O objetivo é criar um ciclo de melhoria contínua. Pequenas vitórias geram confiança para investir em tecnologias mais robustas, como biodigestores ou painéis solares maiores, que ampliam o ganho ao longo do tempo.

Beef Report Sustentabilidade – COP30 e seus destaques

O Beef Report Sustentabilidade apresentado na COP30 mostra caminhos práticos para reduzir emissões sem perder produtividade na pecuária.

Ele reúne dados, casos reais e metas que ajudam produtores, frigoríficos e compradores a avançar com responsabilidade ambiental e econômica.

Principais destaques

  1. Emissões por animal e por kg de carne: metas reais, com monitoramento simples para cada fazenda.
  2. Bem-estar e manejo animal: práticas que melhoram a saúde, a eficiência e a produtividade sem elevar o custo.
  3. Rastreabilidade: registro claro de origem, trajetória e inspeção para cada carcaça.
  4. Uso eficiente de recursos: água, energia e manejo de dejetos para reduzir desperdícios.
  5. Certificações e parcerias: selos e acordos que abrem portas para mercados premium.
  6. Dados abertos e transparência: plataformas que mostram resultados de forma confiável para todo o ciclo.

Implicações para o produtor

  • Manejo de pastagens: invista em rotação de pastos, adubação baseada em solo e leguminosas para aumentar a produção com menos emissões.
  • Alimentação eficiente: ajuste dietas para reduzir emissões entéricas sem comprometer o ganho de peso.
  • Dejetos e energia: biodigestor quando viável, e uso de fontes renováveis como solar para reduzir custos.
  • Trabalho com dados: registre peso, consumo, manejo e transporte; isso sustenta a rastreabilidade e a tomada de decisão.
  • Mercado e contratos: comprove sustentabilidade para negociar melhor preço e ter acesso a mercados mais exigentes.

Como começar hoje

  1. Liste as emissões atuais por animal e por lote para ter uma linha de base.
  2. Defina uma meta simples, como reduzir 5% das emissões em 12 meses.
  3. Implante 2 a 3 ações de baixo custo, como rotação de pastagens e melhoria de manejo de dejetos.
  4. Integre dados em uma planilha ou app simples para acompanhar o progresso.
  5. Comunique resultados aos fornecedores e clientes para fortalecer a credibilidade da fazenda.

Dia da Pecuária e o papel das associações na agenda verde

No Dia da Pecuária, as associações do setor mostram como a pecuária pode avançar sem perder lucratividade.

Elas ajudam a criar padrões, oferecer treinamentos e facilitar parcerias que tornam a produção mais verde e bem organizada.

A agenda verde reúne metas simples: melhorar pastagens, reduzir emissões, conservar água e proteger o bem-estar dos animais.

O papel das associações

As entidades representam produtores, cooperativas, transportadores e frigoríficos. Elas coordenam ações, defendem interesses e ajudam a manter o diálogo com o governo.

Medidas práticas da agenda verde

  1. Pastagens saudáveis: rotação de pastos, adubação de solo e uso de leguminosas para aumentar a produção com menos emissões.
  2. Uso eficiente de água: captação de água da chuva, manejo de pastejo para reduzir perdas e evitar desperdício.
  3. Redução de emissões: alimentação bem balanceada, manejo de dejetos e uso de biodigestores quando possível.
  4. Rastreabilidade: registros simples de origem, trajeto e inspeção para cada carcaça.
  5. Bem-estar animal: manejo tranquilo, água limpa, abrigo adequado e vacinação preventiva.

Como o produtor pode se engajar

  1. Junte-se à associação local ou coop.
  2. Participe de treinamentos e visitas técnicas.
  3. Comece com ações de baixo custo, como rotação de pastos e melhoria de manejo de dejetos.
  4. Crie um registro simples de produção, consumo de água e alimentação.
  5. Compartilhe resultados com compradores para fortalecer a credibilidade da fazenda.

Resultados esperados

Produtores ganham acesso a mercados mais estáveis, melhor eficiência e custos reduzidos a longo prazo. A agenda verde não é um peso, é uma forma de manter a competitividade com responsabilidade ambiental.

Iniciativas de transparência e auditoria ambiental na Amazônia

Transparência ambiental na Amazônia não é moda; é estratégia de mercado. Dados confiáveis, registros bem organizados e auditorias independentes ajudam produtores, comunidades e compradores a entenderem o que acontece na fazenda e na floresta vizinha.

Essas iniciativas não são apenas para cumprir lei. Elas fortalecem a credibilidade, reduzem riscos e abrem portas para contratos com preços melhores e com compradores que exigem responsabilidade ambiental.

O que é essencial na auditoria ambiental

A auditoria ambiental é um exame formal. Ela verifica práticas de manejo, uso de áreas protegidas e o cumprimento de leis. O objetivo é detectar falhas sem apontar culpados, para que se possa agir rápido.

Auditores costumam avaliar o desmatamento, a recuperação de áreas degradadas e a gestão de resíduos. Em áreas sensíveis como a Amazônia, a vigilância é constante e, muitas vezes, envolve imagens de satélite e visitas de campo.

Ferramentas e fontes de dados

  • Satélites fornecem imagens atualizadas para monitorar desmatamento e mudanças no uso do solo.
  • Planilhas e georreferenciamento registram cada área, cultivo, estoque de madeira ou reserva mantida.
  • Certificações demonstram conformidade com padrões de sustentabilidade.
  • Auditoria independente valida os dados e aumenta a confiança de compradores.
  • Dados abertos de órgãos ambientais ajudam a comparar regiões.

Como iniciar na prática

  1. Estabeleça uma linha de base: áreas desmatadas, áreas protegidas, emissões estimadas.
  2. Crie registros simples de manejo, consumo de água e gestão de dejetos.
  3. Planeje auditorias anuais, com ações corretivas claras.
  4. Treine a equipe para coletar dados consistentes e confiáveis.
  5. Comunique progressos aos compradores, fortalecendo a reputação da fazenda.

Benefícios para o produtor

  • Acesso a mercados que valorizam sustentabilidade.
  • Menor risco de multas e interrupções operacionais.
  • Melhor gestão de recursos naturais e resiliência da produção.
  • Valorização da terra e das oportunidades de investimento.

Tecnologias que reduzem emissões e aumentam produtividade

As tecnologias que reduzem emissões e elevam a produtividade já chegam ao cotidiano da fazenda. Elas cortam gases como metano e mantêm a produção estável, gerando economia real.

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No campo, o segredo é começar pequeno e ouvir o que a sua operação precisa. Use manejo, energia mais eficiente e dados simples para ver resultados rápidos.

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Como elas atuam no campo

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Geralmente, as ações combinam duas frentes: gestão de resíduos e uso inteligente de recursos. Biodigestores convertem dejetos em biogás, reduzindo odores e gerando energia. Painéis solares ajudam a bombear água, iluminar galpões e reduzir a conta de luz.

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Manejo de pastagens com tecnologia facilita a rotação de áreas, mantendo a produção alto sem subir as emissões. Sensores de solo e plantas ajudam a saber quando aplicar fertilizante. NDVI, que mostra a saúde das plantas, orienta a aplicação no momento certo. Drones dão mapas rápidos de campo para planejar ações. Rastreabilidade digital facilita contratos com compradores que pedem responsabilidade ambiental. A alimentação com aditivos aprovados pode diminuir o metano entérico sem prejudicar o ganho de peso.

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Tecnologias-chave

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  • Biodigestores: transformam resíduos em biogás, geram energia e reduzem odores.
  • Energias renováveis: painéis solares para bombas e iluminação, reduzindo custos operacionais.
  • Agricultura de precisão: sensores de solo, NDVI e drones para aplicação dirigida de insumos.
  • Manejo de pastagem: rotação, adubação de solo e leguminosas para incrementar produção com menos emissões.
  • Rastreabilidade e dados: registros simples que comprovam origem, trajeto e bem-estar.
  • Alimentação com aditivos: opções aprovadas que reduzem emissões entéricas.

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Resultados esperados

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  • Redução de emissões por animal e por kg de carne.
  • Melhor eficiência no uso de água e energia.
  • Retorno sobre o investimento quando a implementação é bem planejada.
  • Acesso a mercados que valorizam práticas sustentáveis.

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Como começar hoje

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  1. Faça um diagnóstico básico das emissões atuais.
  2. Selecione 1 ou 2 tecnologias de baixo custo para testar nos próximos meses.
  3. Estabeleça metas simples, tipo 5% a menos de emissões em 12 meses.
  4. Crie um plano com responsabilidades e prazos e registre tudo.
  5. Avalie resultados a cada trimestre e ajuste o plano conforme necessário.

Mesa Brasileira de Pecuária Sustentável e parcerias estratégicas

A Mesa Brasileira de Pecuária Sustentável não é apenas um encontro; é um compromisso com resultados práticos e mensuráveis. Ela reúne produtores, indústrias, cooperativas, universidades e órgãos públicos para alinhar metas de sustentabilidade e buscar parcerias estratégicas que façam a pecuária andar pra frente sem perder rentabilidade.

Propósito da mesa

Definir padrões, compartilhar conhecimento e facilitar investimentos que preservem recursos, bem-estar animal e rastreabilidade. A ideia é criar ações reais, com metas simples e indicadores que você pode acompanhar.

Como funciona na prática

As reuniões são periódicas e abertas. Existem grupos de trabalho com agendas claras: manejo de pastagens, uso da água, bem‑estar animal, rastreabilidade e gestão de resíduos. Cada área define objetivos, prazos e formas de medir o progresso.

Parcerias estratégicas

  • Inovação e insumos sustentáveis: acordos com fornecedores para acesso a rações, fertilizantes e insumos com menor impacto ambiental.
  • Rastreamento e certificação: alinhamento com padrões de sustentabilidade, auditorias e dados abertos para compradores.
  • Financiamento e crédito: condições especiais para projetos de eficiência e transição.
  • Capacitação: treinamentos para produtores e equipes técnicas.
  • Mercados premium: acesso a contratos com grandes compradores que valorizam responsabilidade ambiental.

Benefícios para o produtor

  • Acesso a conhecimento aplicado e casos práticos no campo.
  • Melhoria da rentabilidade com práticas eficientes e menos desperdícios.
  • Fortalecimento da reputação e vantagem competitiva na cadeia.
  • Maior transparência e confiança de compradores e financiadores.

Como participar

  1. Entre em contato com a organização responsável e faça sua inscrição.
  2. Participe de encontros e comitês temáticos. Compartilhe suas experiências.
  3. Proponha ações piloto na sua propriedade para testar novas práticas.
  4. Registre resultados e use o feedback para ajustar o plano.

Resultados esperados

Melhor governança ambiental, maior adesão a padrões reconhecidos e ganhos reais de produtividade com menor impacto ambiental. A mesa facilita caminhos para investimentos e parcerias que geram valor para toda a cadeia.

Impactos globais: como a pecuária brasileira molda metas climáticas

A pecuária brasileira tem impacto global no clima, especialmente pelo metano emitido pelos ruminantes e pelo uso da terra.

Entender esse papel ajuda a planejar ações que reduzem emissões sem prejudicar a produção nem a rentabilidade da fazenda.

Contribuição da pecuária brasileira para as metas climáticas

O setor responde por uma parte relevante das emissões de gases de efeito estufa. O metano, liberado durante a ruminação, é o maior componente. Além disso, o manejo do solo e o desmatamento histórico influenciam o balanço de carbono, medido em CO2e (equivalentes de CO2).

Mesmo com esse desafio, a pecuária pode reduzir a intensidade de emissões por unidade de produto. Melhorias na eficiência, uso consciente de recursos e tecnologias adequadas ajudam a avançar sem sacrificar a produção.

Estratégias de mitigação que dão resultado

  • Manejo de pastagens: rotação de lotes, adubação orientada por solo e uso de leguminosas para sequestrar carbono e aumentar a produção com menos emissões.
  • Alimentação e aditivos: dietas balanceadas e aditivos aprovados reduzem emissões entéricas sem frear o ganho de peso.
  • Gestão de dejetos: compostagem, armazenamento adequado e biodigestores quando viável para gerar biogás e reduzir odores.
  • Energia renovável: uso de painéis solares para bombas, galpões e irrigação, cortando custos e emissões indiretas.
  • Rastreabilidade e dados: registros simples ajudam a monitorar eficiência, identificar desperdícios e comprovar melhorias aos compradores.
  • Conservação de solos: práticas como plantio direto e cobertura vegetal aportam carbono ao solo e melhoram a saúde da microbiota.

Como cada produtor pode agir hoje

  1. Faça um diagnóstico rápido das emissões atuais por animal e por lote.
  2. Escolha uma ação de baixo custo para iniciar nos próximos meses, como rotação de pastagem.
  3. Implemente um plano simples de manejo de dejetos e alimentação mais eficiente.
  4. Registre resultados regularmente, usando planilha ou app simples.
  5. Comunique progressos aos compradores e parceiros para fortalecer a credibilidade da fazenda.

Benefícios e oportunidades

  • Maior eficiência na produção com menor intensidade de emissões.
  • Acesso a mercados que valorizam sustentabilidade.
  • Redução de custos operacionais a médio prazo com uso eficiente de água, energia e insumos.
  • Ganho de reputação na cadeia produtiva e maior resiliência frente a mudanças climáticas.

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Saiba Mais Sobre Dr. João Maria
Dr. João Silva é um renomado zootecnista especializado em pecuária de leite, com mais de 2 Décadas de experiência no setor. Com doutorado pela Universidade Federal de Viçosa e diversas certificações, Também é autor de inúmeros artigos científicos e livros sobre manejo e produção de leite.
Dr. João é reconhecido por sua contribuição significativa à indústria e seu compromisso com a qualidade e a inovação na produção leiteira.