O país registrou um abate recorde de 56,15 milhões de cabeças de suínos em 2022, um aumento de 5,9% em relação a 2021, 3,1 milhões de cabeças a mais, de acordo com os resultados da Pesquisa Trimestral de Abates. Produção de Animais, Leite, Couro e Ovos de Galinha, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
“É uma carne com custo menor, mais acessível que a bovina. A suinocultura vem trabalhando com cortes de fácil preparo, o que naturalmente ajuda a aumentar o consumo. Além disso, as exportações aumentaram. Apesar da recuperação de seu rebanho após o controle da peste suína africana, alguns dos principais destinos da carne brasileira, como China, Vietnã e Filipinas, mantiveram as importações em patamares elevados”explicou Bernardo Viscardi, analista da pesquisa do IBGE, em nota divulgada pelo instituto.
Todos os meses de 2022 foram melhores para abate do que os meses correspondentes de 2021, com destaque para o desempenho de maio, que teve o maior aumento, 417,01 mil cabeças a mais.
“O panorama da suinocultura continuou desafiador, com altos custos de produção e oferta abundante, o que afetou o retorno da atividade aos produtores”observou o IBGE, em nota divulgada.
O abate de 3,1 milhões de cabeças de suínos a mais em 2022 em relação a 2021 foi impulsionado por aumentos em 19 das 25 Unidades da Federação participantes do levantamento. Houve expansão significativa em Santa Catarina (+972,43 mil cabeças), Paraná (+735,94 mil cabeças), Rio Grande do Sul (+404,69 mil cabeças), São Paulo (+355,54 mil cabeças), Minas Gerais (+281,59 mil cabeças) , Mato Grosso do Sul (+236,06 mil cabeças) e Goiás (+49,13 mil cabeças). Em Mato Grosso, foram abatidos 51,68 mil animais a menos.
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Santa Catarina manteve a liderança no abate de suínos em 2022, com 28,5% do total nacional, seguido pelo Paraná (20,4%) e Rio Grande do Sul (17,3%).
O abate de suínos totalizou 13,89 milhões de cabeças no quarto trimestre de 2022, alta de 3,4% em relação ao mesmo trimestre de 2021, além de ser o melhor quarto trimestre da série histórica desde 1997, com aumentos em 16 das 24 Unidades da Federação participantes do a pesquisa. Em relação ao terceiro trimestre de 2022, houve queda de 4,0%.
