Impacto positivo na economia e no meio ambiente
A disseminação do uso de biodigestores no setor agropecuário está associada a uma economia anual de R$ 1,45 bilhão para os produtores rurais brasileiros, como resultado da produção de biogás a partir de resíduos orgânicos. Além disso, a instalação de biodigestores em propriedades rurais contribui para a redução da emissão de 595 mil toneladas de CO2 equivalente por ano na atmosfera. Portanto, a adoção generalizada desse tipo de tecnologia pode ter um impacto extremamente positivo na economia do país e na preservação do meio ambiente.
Thank you for reading this post, don't forget to subscribe!Benefícios financeiros e sociais
Os produtores rurais também colhem benefícios diretos dos biodigestores, com a possibilidade de economizar no uso de gás liquefeito de petróleo (GLP) e de utilizar o digestato, um valioso subproduto do processo de biodigestão, como matéria-prima para biofertilizantes. Além disso, o uso desses equipamentos proporciona uma redução significativa no custo de energia, o que representa uma melhoria na qualidade de vida dessas comunidades produtoras.
Experiência prática positiva
Relato de um caso de sucesso
Um exemplo prático do sucesso da tecnologia de biodigestores é a experiência na propriedade de Benedito Bento Gonçalves da Cruz. Nessa propriedade, a produção de biogás estabilizou-se após três meses, resultando em significantes economias com a substituição do GLP. A quantidade relativamente pequena de dejetos diários necessária para produzir biogás ressalta a eficiência dessa tecnologia em termos de resíduo e manuseio da matéria-prima.
Futuro sustentável
Com um olhar para o futuro, a instalação de biodigestores em propriedades rurais tem o potencial de se tornar uma prática comum em todo o país. A simples adaptação de peças já existentes para essa finalidade pode facilitar o processo e resolver alguns problemas operacionais. Além disso, a necessidade de políticas públicas voltadas para os pequenos produtores para encorajar a adoção desses sistemas seria fundamental, visando à efetividade da prática por toda a nação.
Link da original: Globo Rural
Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo
A disseminação do uso de biodigestores no setor agropecuário pode gerar uma economia de R$ 1,45 bilhão por ano aos produtores rurais brasileiros. A estimativa, feita pela unidade de Agroenergia da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), leva em consideração a instalação dos equipamentos e a produção de biogás a partir de resíduos orgânicos em metade das pequenas e médias propriedades do país, cerca de 504 mil imóveis, onde há criação de 10 a 100 cabeças de gado.
A economia para o bolso dos pequenos e médios pecuaristas viria da substituição do uso do gás liquefeito de petróleo (GLP) pelo biogás gerado na própria fazenda. Os produtores ainda podem ter ganhos com o digestato, um subproduto valioso gerado no processo de biodigestão que pode ser utilizado como matéria-prima para biofertilizantes.
Além disso, a estatal calculou que a tecnologia ajudaria a evitar a emissão de 595 mil toneladas de CO2 equivalente por ano na atmosfera. O custo estimado para a instalação dos biodigestores é de R$ 10 mil por propriedade. A Embrapa tem uma técnica experimental para construção dos equipamentos e procura parceiros para codesenvolver a tecnologia.
Para chegar aos dados, a estatal realizou um estudo na propriedade de Benedito Bento Gonçalves da Cruz, onde ele cria 60 cabeças de vacas leiteiras. Após três meses, a produção de biogás foi estabilizada, a família do produtor adotou o biogás na cozinha e deixou de utilizar o GLP.
Os pesquisadores estimaram que seriam necessários 30 quilos de dejetos dos animais por dia para produzir dois metros cúbicos de biogás. Essa produção diária resultaria no acumulado de 60 metros cúbicos por mês. Nas contas da Embrapa, esse volume equivale aos 26 quilos de GLP presentes em dois botijões.
Nesse cenário, cada uma das 504 mil propriedades economizaria R$ 2,88 mil por ano com a substituição de dois botijões de GLP por biogás.
A rotina do produtor não mudou muito durante a experiência. Ele apenas adaptou o modo de lavar o curral, trabalho que já realizava todos os dias. Agora, os dejetos dos animais são coletados sem o uso de sabão ou outros produtos químicos, para preservar as bactérias que vão fazer a digestão do material e gerar o biogás.
“Só vi vantagens, além de economizar no botijão de gás, ainda produzo o adubo [digestato] para jogar nas plantas”, relata o pecuarista. O produto pode ser utilizado, por exemplo, na agricultura orgânica. A estatal ressalta, porém, que ele não é recomendado para uso direto em hortaliças.
A Embrapa Agroenergia ainda vai instalar mais dois biodigestores experimentais na propriedade até outubro de 2024. “Até lá, pretendemos ter o protótipo validado. Assim, estamos abertos a parcerias com a iniciativa privada interessada em codesenvolver o biodigestor”, diz a pesquisadora Itania Pinheiro Soares, que coordena o projeto.
Para instalar o biodigestor, a Embrapa faz adaptações em peças convencionais, como caixas d´água e algumas conexões. A pesquisadora ressalta que elas poderiam ser substituídas por estruturas já fabricadas para essa finalidade, o que facilitaria o trabalho e reduziria problemas operacionais.
Os pesquisadores utilizaram a RenovaCalc, ferramenta desenvolvida pela Embrapa Meio Ambiente que calcula a intensidade de carbono equivalente emitida por biocombustíveis. A emissão do biogás é um pouco menor que a do GLP. São 83,11 gramas de CO2 equivalente para cada megajoule contra 86,7 gramas pelo combustível fóssil. O impacto mais relevante, portanto, viria de uma adoção em massa da tecnologia.
Rosana Guiducci, uma das autoras da pesquisa, destaca a necessidade de políticas públicas para incentivar a adoção dos biodigestores por pequenos produtores do país. “Além do subsídio à aquisição do equipamento, seria fundamental que essas políticas envolvessem a assistência técnica intensiva no início da produção do biogás”, aponta.
As informações são do Globo Rural, adaptadas pela equipe MilkPoint.
Disseminação do uso de biodigestores no setor agropecuário pode gerar economia de R$ 1,45 bi ao ano
Estimativa feita pela unidade de Agroenergia da Embrapa prevê economia substancial para produtores rurais brasileiros que instalarem os equipamentos em suas propriedades.
Benefícios da Substituição do Uso do Gás Liquefeito de Petróleo pelo Biogás
A substituição do uso do gás liquefeito de petróleo pelo biogás gerado nas propriedades rurais pode gerar economias significativas para os pequenos e médios pecuaristas, conforme prevê a Embrapa.
Redução da Emissão de CO2 e Custo para Instalação dos Biodigestores
Além da economia financeira, a utilização de biodigestores também contribui para a redução da emissão de CO2 na atmosfera, conforme cálculos da estatal. O custo estimado para a instalação dos biodigestores é de R$ 10 mil por propriedade.
Estudo em Propriedade Pioneira e Produção Estabilizada de Biogás
Os dados foram obtidos a partir de um estudo realizado na propriedade de um pecuarista que já adotou a tecnologia. Após três meses, a produção de biogás foi estabilizada, e a família do produtor adotou o biogás na cozinha, reduzindo assim o uso do GLP.
Impacto Econômico e Ambiental da Utilização de Biodigestores
A economia gerada pela substituição do GLP pelo biogás é considerável, resultando em benefícios tanto econômicos quanto ambientais para as propriedades rurais. Essa mudança na forma de geração de energia pode abrir oportunidades para parcerias na implementação mais ampla da tecnologia.
Pergunta 1: Qual é a importância dos biodigestores no setor agropecuário?
Resposta 1: Os biodigestores são importantes no setor agropecuário, pois podem gerar uma economia significativa aos produtores rurais, além de contribuir para a redução de emissão de CO2 equivalente na atmosfera.
Pergunta 2: Como os biodigestores podem beneficiar os produtores rurais brasileiros?
Resposta 2: Os biodigestores podem beneficiar os produtores rurais brasileiros ao substituir o gás liquefeito de petróleo (GLP) pelo biogás gerado na própria fazenda, gerando economia e produzindo adubo a partir do digestato, que pode ser utilizado como matéria-prima para biofertilizantes.
Pergunta 3: Qual é a estimativa de economia para os pequenos e médios pecuaristas com o uso de biodigestores?
Resposta 3: A estimativa é de que cada uma das 504 mil propriedades economizaria R$ 2,88 mil por ano com a substituição de dois botijões de GLP por biogás.
Pergunta 4: Quais são os benefícios ambientais dos biodigestores?
Resposta 4: Os benefícios ambientais dos biodigestores incluem a redução da emissão de CO2 equivalente na atmosfera, a preservação das bactérias para a digestão dos resíduos orgânicos e a produção de adubo a partir do digestato.
Pergunta 5: Quais são as possíveis políticas públicas necessárias para incentivar a adoção dos biodigestores por pequenos produtores?
Resposta 5: Para incentivar a adoção dos biodigestores por pequenos produtores, seriam necessárias políticas públicas que subsidiassem a aquisição do equipamento e envolvessem assistência técnica intensiva no início da produção do biogás.
Perguntas Frequentes sobre Biodigestores
O que é um biodigestor?
Um biodigestor é um equipamento que transforma resíduos orgânicos em biogás, que pode ser utilizado como combustível para diversas atividades.
Quais são os benefícios do uso de biodigestores?
O uso de biodigestores gera economia na produção agropecuária, reduzindo os custos com gás de cozinha e produzindo biofertilizantes a partir do digestato, um subproduto do processo.
Qual é o impacto ambiental do uso de biodigestores?
O uso de biodigestores contribui para a redução das emissões de CO2, além de evitar a poluição dos resíduos orgânicos.
Como os produtores podem adotar essa tecnologia?
Os produtores podem buscar parcerias com instituições de pesquisa e assistência técnica para implantar biodigestores em suas propriedades, aproveitando os benefícios econômicos e ambientais.
A disseminação do uso de biodigestores no setor agropecuário pode gerar uma economia de R$ 1,45 bilhão por ano aos produtores rurais brasileiros. A estimativa, feita pela unidade de Agroenergia da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), leva em consideração a instalação dos equipamentos e a produção de biogás a partir de resíduos orgânicos em metade das pequenas e médias propriedades do país, cerca de 504 mil imóveis, onde há criação de 10 a 100 cabeças de gado.
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