Identifique as seções principais:
– Importância da biosseguridade em fazendas de leite
– Lançamento do Selo Biosseguridade Certificada
– Bases e vantagens do plano de certificação em biosseguridade
– O Plano de Biosseguridade
– Biossegurança e lucratividade
– Exemplos de propriedades que adotaram o plano
– O fomento à certificação
Introdução:
O setor de Grandes Animais da Boehringer Ingelheim realizou uma coletiva de imprensa online para discutir a importância da biosseguridade em fazendas de leite. O lançamento do Selo Biosseguridade Certificada, em parceria com a Embrapa Gado de Leite, trouxe benefícios para a segurança alimentar e a saúde dos animais. Neste post, abordaremos as bases e vantagens do plano de certificação, assim como exemplos de propriedades que obtiveram sucesso com sua adoção. Além disso, mostraremos como a biosseguridade pode impactar diretamente a lucratividade das fazendas e como o fomento à certificação está sendo realizado pela Boehringer Ingelheim. A saúde humana, animal e ambiental estão interligadas, e garantir a biosseguridade na produção de leite é fundamental para todos os envolvidos.
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O setor de Grandes Animais da Boehringer Ingelheim realizou nessa quarta-feira, 17/10, uma coletiva de imprensa online para debater e trazer novidades sobre a importância da biosseguridade em fazendas de leite.
Os bons resultados alcançam toda a cadeia produtiva. Trata-se de um reforço para o Selo Biosseguridade Certificada (CBS), lançado em 2022, em parceria com a Embrapa Gado de Leite. O serviço confere mais garantias em relação à segurança alimentar das pessoas envolvidas na produção e consumo do leite e derivados.
Bases e vantagens do plano – Tudo isso por meio da adoção de um grande número de protocolos que asseguram a proteção e o controle da ocorrência de doenças nos rebanhos bovinos, além de promover o bem-estar dos animais e do ambiente, sob o conceito de saúde única.
Essa visão entende que não há saúde humana sem a saúde dos animais domésticos e do ambiente que dividem. São dependentes, relacionadas. Uma puxa a outra, alcançando sustentabilidade e, consequente prosperidade, principalmente econômica. Para se ter uma ideia, a poluição do Rio Paraopeba, pós o desastre de Brumadinho (MG), levou ao desenvolvimento de superbactérias.
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A explicação é de Bruno Campos de Carvalho, pesquisador da Embrapa. Ele reforça o conceito de saúde pelos seguintes dados: 60% das doenças infecciosas humanas existentes são zoonóticas; e que pelo menos 75% das doenças infecciosas emergentes de humanos (inclusive Ebola, HIV e Influenza) são de origem animal.
Ele completa destacando que de cinco novas doenças que surgem em humanos, a cada ano, três são de origem animal. Para o especialista, esses já seriam motivos suficientes para justificar a busca por biossegurança na produção animal, em especial a leiteira.
As vantagens da adoção do plano de certificação em biosseguridade são muitas, ressaltando ganhos diretos como a redução e/ou erradicação de doenças na propriedade, a barragem na entrada de doenças, a diminuição dos gastos com medicamentos, a melhoria dos índices zootécnicos e a destinação adequadas e resíduos e degetos, por exemplo gerando energia e fertilizantes.
Já os indiretos, segundo o pesquisador, são, principalmente, a garantia de rotina de manejo e padronização de tarefas, o bem-estar no ambiente para pessoas e animais e uma melhor comunicação com o público consumidor. Tudo isso junto incrementa a rentabilidade do negócio.
O Plano de Bisseguridade se baseia em alguns pontos, tais como:
* Identificação dos índices sanitários relevantes (KPI’s)
* Análise de risco e Plano de Ações
* Estabelecimento de Zonas de Biosseguridade
* Sinalização e controle de aceso
* Barreiras físicas e químicas
* Práticas de manejo para diagnóstico, controle e tratamentos de animais doentes
* Gestão à vista dos Indicadores
Tudo isso pressupõe investimentos em qualificação e treinamento de mão de obra, uso de equipamentos de proteção individual (EPIs), sinalização por toda a fazenda e áreas de passagem, divisão de áreas por risco, além de procedimentos de higiene e assepsia para pessoas, animais, instalações e equipamentos.
Vale reforçar que Carvalho enfatiza a fixação de várias rotinas de manejo para os bovinos e os colaboradores, além de sistemas de monitoramento para identificação e correção de falhas. A adoção do plano de seguridade é um processo dinâmico, obedecendo um planejamento prévio para cada propriedade.
Biossegurança e lucratividade – Embora seja um processo exigente do ponto de vista técnico, os benefícios trazidos pelo conceito de biosseguridade são bastante palpáveis.
Na Fazenda Colorado, com sede em Araras (SP) e mais de 2,1 mil matrizes em lactação e modelo intensivo, “o incremento na produção e qualidade do leite trouxe grande alento só negócio”, conforme afirma Sergio Soriano, gestor e diretor.
No que diz respeito à secagem das vacas, em 2016, 100% delas necessitavam de antibióticos no processo. Atualmente, esse número é de apenas 52%. Já o número de casos de mastite tratados no mesmo período, em 2022 já não havia mais ocorrências, enquanto o número de vacas em lactação quase que dobrou.
Outra propriedade que serviu de base para a ratificação de procedimentos foi a Santa Luzia, em Passos (MG), como modelo de exploração a pasto e produção que chega aos 35 mil litros de leite dia. Maurício Coelho, seu titular, estima em quase 79% o uso de medicamentos no rebanho para anaplasma, babesia e pneumonia.
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Entre outros investimentos, a fazenda ganhou laboratório de sanidade para as bezerras: os piquetes de pastagem, sombreamento natural; e os colaboradores, escolinha de doma; entre outros benefícios ao sistema. A qualidade do leite evoluiu muito e a presença de células somáticas no produto, atualmente, está em 180 mil, menos da metade, já que era de 400 mil.
O fomento à certificação – O fomento à adoção de um plano de biosseguridade certificado contará com ações por parte da Boehringer Ingelheim. Segundo Rouber Silva e Eduardo Pires, executivos da empresa, “o programa é democrático, com acesso a quaisquer produtores, individualmente ou coletivamente, por meio de cooperativas e laticínios”.
A empresa está implanto um site com todas as informações necessárias, além de ferramentas para diagnóstico e cursos diversos para a formação de mão de obra. Por ocasião da entrevista coletiva, os palestrantes lembraram que o Brasil perdeu uma ótima oportunidade de exportação de láteos para o México, exatamente, porque o País não atendeu a exigência por biosseguridade da produção.
O setor de Grandes Animais da Boehringer Ingelheim realizou uma coletiva de imprensa online para discutir e apresentar novas informações sobre a importância da biosseguridade em fazendas de leite. Esse evento ocorreu no dia 17 de outubro e teve como objetivo destacar os resultados positivos que são alcançados em toda a cadeia produtiva. Uma das principais iniciativas abordadas durante a coletiva foi o Selo Biosseguridade Certificada (CBS), que foi lançado em parceria com a Embrapa Gado de Leite em 2022. Esse serviço tem como objetivo conferir mais garantias em relação à segurança alimentar das pessoas envolvidas na produção e consumo do leite e seus derivados.
O CBS é baseado na adoção de uma série de protocolos que visam assegurar a proteção e o controle da ocorrência de doenças nos rebanhos bovinos, além de promover o bem-estar dos animais e do ambiente, seguindo o conceito de saúde única. Esse conceito reconhece a interdependência entre a saúde humana, a saúde dos animais domésticos e a saúde do ambiente compartilhado por eles. Essa interdependência é crucial para alcançar a sustentabilidade e a prosperidade, especialmente do ponto de vista econômico.
Um exemplo de como a falta de biosseguridade pode ter consequências graves é o caso da poluição do Rio Paraopeba após o desastre de Brumadinho (MG), que levou ao desenvolvimento de superbactérias. Bruno Campos de Carvalho, pesquisador da Embrapa, explica que 60% das doenças infecciosas humanas existentes são zoonóticas, ou seja, são transmitidas de animais para pessoas. Além disso, pelo menos 75% das doenças infecciosas emergentes em humanos, como o Ebola, HIV e Influenza, têm origem animal. Carvalho ressalta que, a cada ano, três novas doenças em humanos têm origem animal. Esses dados já são motivos suficientes para justificar a busca por biossegurança na produção animal, especialmente na produção de leite.
As vantagens de adotar o plano de certificação em biosseguridade são muitas. Entre os benefícios diretos, podemos citar a redução e/ou erradicação de doenças na propriedade, a prevenção da entrada de doenças, a diminuição dos gastos com medicamentos, a melhoria dos índices zootécnicos e a gestão adequada de resíduos. Já os benefícios indiretos incluem a garantia de uma rotina de manejo padronizada, o bem-estar tanto das pessoas quanto dos animais e uma melhor comunicação com o público consumidor. Todos esses benefícios contribuem para aumentar a rentabilidade do negócio.
O Plano de Biosseguridade se baseia em alguns pontos importantes, como a identificação dos índices sanitários relevantes, a análise de risco e o estabelecimento de zonas de biosseguridade. Também são implementadas barreiras físicas e químicas, práticas de manejo para diagnóstico, controle e tratamento de animais doentes, além de gestão à vista dos indicadores. Para implementar esse plano, é necessário investir em qualificação e treinamento da mão de obra, utilizar equipamentos de proteção individual, sinalizar corretamente a fazenda e as áreas de passagem, dividir as áreas de acordo com o risco e seguir procedimentos de higiene e assepsia para pessoas, animais, instalações e equipamentos. Carvalho destaca a importância de estabelecer rotinas de manejo para os bovinos e os colaboradores, além de utilizar sistemas de monitoramento para identificar e corrigir falhas.
Embora a implementação de um plano de biosseguridade seja exigente do ponto de vista técnico, os benefícios são perceptíveis. Um exemplo disso é a Fazenda Colorado, localizada em Araras (SP), que possui mais de 2,1 mil matrizes em lactação e adota um modelo intensivo de produção de leite. Segundo Sergio Soriano, gestor e diretor da fazenda, o aumento na produção e na qualidade do leite trouxe grandes benefícios para o negócio. Em relação à secagem das vacas, por exemplo, em 2016 todas elas precisavam de antibióticos, mas atualmente apenas 52% delas necessitam desses medicamentos. Além disso, o número de casos de mastite tratados diminuiu drasticamente ao longo dos anos, chegando a zero em 2022, enquanto o número de vacas em lactação quase dobrou.
Outro exemplo de sucesso é a Fazenda Santa Luzia, localizada em Passos (MG), que adota um modelo de exploração a pasto e produz cerca de 35 mil litros de leite por dia. Maurício Coelho, proprietário da fazenda, relata que o uso de medicamentos no rebanho para anaplasmose, babeiose e pneumonia diminuiu em quase 79% após a implementação de medidas de biosseguridade. A fazenda investiu em um laboratório de sanidade para as bezerras, melhorou a infraestrutura dos piquetes de pastagem, ofereceu sombreamento natural para os animais e proporcionou treinamento para os colaboradores. Essas medidas resultaram em uma melhoria significativa na qualidade do leite, que agora possui uma contagem de células somáticas de 180 mil, menos da metade do que era antes (400 mil).
A Boehringer Ingelheim está comprometida em incentivar a adoção de planos de biosseguridade certificados e está oferecendo apoio aos produtores interessados em implementar essas medidas. Segundo Rouber Silva e Eduardo Pires, executivos da empresa, o programa é aberto a todos os produtores, tanto individualmente como em cooperação com cooperativas e laticínios. A empresa está desenvolvendo um site com todas as informações necessárias, além de fornecer ferramentas de diagnóstico e cursos de formação para capacitar a mão de obra. Durante a coletiva de imprensa, os palestrantes ressaltam que a falta de biosseguridade na produção de leite pode ter consequências negativas, como a perda de oportunidades de exportação, como aconteceu com o Brasil no caso do México, que exigia medidas de biosseguridade que não foram atendidas.
Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo
Em conclusão, a adoção de um plano de certificação em biosseguridade é essencial para garantir a segurança alimentar das pessoas envolvidas na produção e consumo do leite e derivados. Além disso, a biosseguridade contribui para a redução e/ou erradicação de doenças na propriedade, diminuição dos gastos com medicamentos, melhoria dos índices zootécnicos e destinação adequada de resíduos. A saúde única, que reconhece a interdependência entre a saúde humana, animal e ambiental, é fundamental para alcançar a sustentabilidade e prosperidade econômica.
Perguntas com respostas:
h2: Quais são os benefícios da adoção de um plano de certificação em biosseguridade?
– Os benefícios incluem a redução e/ou erradicação de doenças na propriedade, barragem na entrada de doenças, diminuição dos gastos com medicamentos, melhoria dos índices zootécnicos e destinação adequada de resíduos.
h3: Por que é importante promover a biosseguridade na produção animal?
– A biosseguridade na produção animal é importante devido à interdependência entre a saúde humana, animal e ambiental. Doenças de origem animal representam a maioria das doenças infecciosas humanas existentes. Além disso, a biosseguridade contribui para a segurança alimentar e o bem-estar dos animais.
h4: Quais são os pontos fundamentais do Plano de Biosseguridade?
– Os pontos fundamentais do Plano de Biosseguridade incluem a identificação dos índices sanitários relevantes, análise de risco e plano de ações, estabelecimento de zonas de biosseguridade, sinalização e controle de acesso, barreiras físicas e químicas, práticas de manejo para diagnóstico, controle e tratamento de animais doentes, e gestão à vista dos indicadores.
h4: Quais são os benefícios indiretos da adoção do plano de certificação em biosseguridade?
– Os benefícios indiretos incluem a garantia de rotina de manejo e padronização de tarefas, o bem-estar no ambiente para pessoas e animais, e uma melhor comunicação com o público consumidor. Esses benefícios contribuem para a rentabilidade do negócio.
h4: Como a Boehringer Ingelheim está contribuindo para o fomento da biosseguridade?
– A Boehringer Ingelheim está implantando um programa democrático, com acesso a produtores individuais e coletivos, por meio de cooperativas e laticínios. Além disso, a empresa está disponibilizando um site com todas as informações necessárias, ferramentas de diagnóstico e cursos diversos para a formação de mão de obra.