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Boa leitura!
Imagine-se como vacas pudessem falar e expressar suas necessidades e condições de saúde.
Esta visão, embora futurista, está mais próxima da realidade do que nunca, graças a intimidadoum agtech de Santa Maria, no Rio Grande do Sul.
A empresa desenvolveu uma coleira equipada com inteligência artificialque permite que as vacas leiteiras “falem” através do que chamam “Internet das vacas”, uma alusão à Internet das Coisas (IoT).
A coleira, chamada VIC (intérprete de vaca virtual)funciona como uma espécie de ‘smartwatch’ para vacas, rastreando e traduzindo comportamentos em informações para produtores de leite.
Feito de nylon durável com uma vida útil de cinco anos, o colar monitora uma variedade de parâmetros, como tempo de alimentação, alimentação, descanso, atividade e respiração.
Os dados são transmitidos para uma plataforma acessível via celular, tablet ou computador, onde os produtores podem observar padrões e comportamentos anormais, antecipando possíveis problemas de saúde.
Um dos diferenciais é a capacidade de prever problemas de saúde com até cinco dias de antecedência, graças à análise de dados e ao uso de algoritmos de inteligência artificial.
A detecção precoce é crucial, pois o gado tem uma tendência natural de esconder os sinais da doença.
Além disso, a coleira auxilia no manejo nutricional, identificando o horário da vaca e as preferências alimentares.
Isso permite que os produtores ajustem a dieta de acordo com as preferências individuais, contribuindo para uma aumento de produtividade estimado de 15% a 20% na produção de leite.
inovação familiar
A trajetória da Agtech começou em 2009, quando a irmãos Leonardo Guedes e Thiago Martins, fundadores da Cowmeddesenvolveu a ideia em um grupo de pesquisa em Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).
Desde o início, a startup foi focada no desenvolvimento de tecnologias de precisão na pecuária.
Ao longo dos anos, evoluiu consideravelmente e hoje monitora mais de 35 mil vacas em tempo real, espalhados por mais de 400 fazendas em seis países. Esses países incluem Brasil, Paraguai, Uruguai, Bolívia, Canadá e Estados Unidos.
Com um sólido histórico de investimentos, que inclui um aporte inicial de R$ 60 mil de um investidor anjo, bem como uma bem-sucedida rodada de equity crowdfunding que atingiu aproximadamente R$ 6 milhões, a Cowmed projeta planos ambiciosos para o futuro.
A empresa tem como objetivo dobrar o número de animais monitorados no Brasil até 2024ao mesmo tempo em que planeja expandir significativamente sua presença na América Latina.
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**Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo**
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