Muitos no Brasil dizem que “agro” não se comunica. Mas, afinal, o que é agro? Algo que toca o coração das pessoas ou que expressa uma relação comercial? A expressão “agronegócio” aproxima, aquece corações, emociona? Perguntei a Fabiana Fonseca, brasileira que por 23 anos trabalhou no planejamento estratégico de marca dos Estados Unidos, e que já foi presidente do Comitê de Marketing Global do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), que me ajudaria a interpretar as expressões mais queridas pelas populações quando o assunto envolvia as cadeias produtivas do agronegócio — agronegócio.
Nas relações corporativas, o agronegócio surge, mas é sempre traduzido em suas áreas: carne bovina, lacteos, suco de laranja, maçã, milho, soja, etc., surgem novas expressões, como: comida feliz, comida saudável, comida natural, comida orgânica, comida local.
Mas qual seria então o melhor sinônimo, ou seja, aquela palavra, a expressão que não precisava ser decodificada? Nome esse que já carregaria em si um autodescifrador, para evitar o terrível Enigma da Esfinge de Tebas — Decifra-me ou devoro-te —, quando se trata de ocupar um lugar afetuoso e desejado nos corações e mentes da população ?
As palavras naturais que surgem são: alimentos, agricultores, famílias de agricultores; e uma expressão de gerúndio em inglês, agricultura (agricultura), agricultura local, agricultura natural. “Em nossa fazenda nos preocupamos”, como registram os canadenses.
Aqui no Brasil, em 2016, foi realizado um estudo e apresentado no Congresso Brasileiro do Agronegócio da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag) com a população brasileira de grandes cidades, em que as marcas com maior adesão natural à população foram: alimentos, agricultores e famílias agricultoras.
Em uma pergunta, apresentamos dezenas de profissões em uma planilha e perguntamos quais cinco dentre todas as pessoas escolheriam como vitais e fundamentais para sua vida na cidade. As respostas foram: médico, bombeiro, professor, policial, fazendeiro. E sobre várias expressões relacionadas ao agronegócio, qual delas tem maior empatia, adesão e bem-estar? Famílias agrícolas.
O nome certo é aquele que já carrega em si o dom de comunicar, conquistar corações e acessar mentes.
Estamos fazendo uma pesquisa sobre a percepção do agro brasileiro na Europa, mas há uma sine qua non: Como devemos chamar isso de “agro”? É esse o nome? Ele terá a mesma percepção da agricultura? De comida? Dos fazendeiros? Da agricultura familiar brasileira? Nós somos um comida tropical?
Fica aqui uma provocação para reflexão: o nome “agronegócio” seria adequado apenas para o mundo corporativo? Serve nas relações humanas e emocionais da alimentação? Será que realmente temos um problema de comunicação que surge porque não sabemos comunicar ou porque o problema nasce na própria escolha da expressão? ela seria exagerada orientado à Negócios? Pensar. O criador do conceito de agronegócio na Universidade de Harvard na década de 1950, o professor Ray A. Goldberg, em seu livro recente, escreveu: “Cidadania alimentar em tempos de desconfiança”. Cidadania e consciência, sem dúvida, o adjetivo. Agora o substantivo? Talvez seja hora de “recodificá-lo”.
O problema não está na comunicação, está no “o que comunicamos” e “quem comunica a quem”? O opinião está na fórmula clássica da comunicação, seria o momento — antes tarde do que nunca — de ouvir a voz do povo, o “alimento da alma”. Sem dúvida, é algo de pessoas para pessoas.
José Luiz Tejon
TCA Internacional
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2450560verificação de cookiesComida, agricultor, famílias agricultoras: as expressões amadas pelo povo
Jornal do campo
O agronegócio é um termo que tem sido discutido no Brasil, com algumas pessoas argumentando que ele não se comunica de forma eficaz. Mas afinal, o que realmente significa “agro”? É algo que desperta emoções e toca o coração das pessoas, ou é apenas uma relação comercial? Para entender melhor essas expressões amadas pelo povo quando se trata das cadeias produtivas do agronegócio, eu conversei com Fabiana Fonseca, uma especialista em planejamento estratégico de marca que trabalhou nos Estados Unidos por 23 anos e já ocupou o cargo de presidente do Comitê de Marketing Global do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).
Dentro das relações corporativas, o agronegócio é frequentemente traduzido em segmentos específicos, como carne bovina, laticínios, suco de laranja, maçã, milho, soja, entre outros. E com essa tradução surgem expressões como “comida feliz”, “comida saudável”, “comida orgânica” e “comida local”.
Mas qual seria o sinônimo ideal para o agronegócio? A palavra ou expressão que não precisa ser decodificada e que já carrega em si um significado claro e compreensível? Alguns termos naturais que surgem são alimentos, agricultores, famílias de agricultores e a expressão em inglês “agricultura” (agriculture), como “agricultura local” e “agricultura natural”. Os canadenses inclusive têm o lema “em nossa fazenda nos preocupamos”.
Em 2016, foi realizado um estudo no Brasil com a população de grandes cidades, durante o Congresso Brasileiro do Agronegócio da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), para identificar as marcas que mais se conectavam com a população. Os resultados mostraram que alimentos, agricultores e famílias agricultoras eram os termos com maior adesão.
Em uma pergunta feita durante o estudo, apresentamos dezenas de profissões em uma planilha e perguntamos quais cinco eram consideradas vitais e fundamentais para a vida nas cidades. As respostas foram médico, bombeiro, professor, policial e fazendeiro. Quando se trata das expressões relacionadas ao agronegócio, qual delas desperta maior empatia, adesão e bem-estar? Famílias agrícolas.
O nome ideal para o agronegócio é aquele que consegue comunicar, conquistar corações e acessar mentes. Atualmente, está sendo realizada uma pesquisa sobre a percepção do agro brasileiro na Europa, mas antes disso surge uma pergunta crucial: como devemos chamar isso de “agro”? Seria esse o nome ideal? Ele teria a mesma percepção que a agricultura, ou a comida, ou os fazendeiros, ou a agricultura familiar brasileira? Seríamos nós um “comida tropical”?
Essas questões nos levam a refletir se o termo “agronegócio” é adequado apenas para o mundo corporativo. Ele consegue transmitir emoção e conexão quando se trata de alimentação? Será que o problema de comunicação que enfrentamos está relacionado à maneira como nos expressamos ou à própria escolha das palavras? Será que estamos sendo excessivamente orientados aos negócios? Essas são questões que merecem ser pensadas. O criador do conceito de agronegócio, o professor Ray A. Goldberg, da Universidade de Harvard, abordou esse tema em seu livro recente, intitulado “Cidadania alimentar em tempos de desconfiança”. Sem dúvida, a cidadania e a consciência são elementos essenciais. Mas e o substantivo? Talvez seja hora de “recodificá-lo”.
O problema não está na comunicação em si, mas sim no que comunicamos e em como nos comunicamos. Está na fórmula clássica da comunicação, e talvez seja o momento de ouvir a voz do povo, o “alimento da alma”. Afinal, estamos lidando com algo que envolve pessoas e se destina a pessoas.
Aqui estão algumas perguntas frequentes sobre o agronegócio:
1. O que significa “agronegócio”?
O termo “agronegócio” se refere ao conjunto de atividades relacionadas à produção, processamento e comercialização de produtos agrícolas e pecuários.
2. Quais são as principais áreas do agronegócio?
O agronegócio abrange diversas áreas, como a produção de alimentos, criação de animais, cultivo de plantas, produção de insumos agrícolas, processamento de alimentos, distribuição e comercialização.
3. Quais são os desafios enfrentados pelo agronegócio brasileiro?
O agronegócio brasileiro enfrenta desafios como a busca por maior produtividade, o aumento da eficiência no uso de recursos naturais, a adoção de práticas sustentáveis, a abertura de novos mercados e a valorização do trabalho dos agricultores.
4. Qual é a importância do agronegócio para a economia brasileira?
O agronegócio desempenha um papel fundamental na economia brasileira, sendo responsável por uma parcela significativa do PIB (Produto Interno Bruto) do país. Além disso, ele gera empregos e contribui para a balança comercial.
5. Como podemos melhorar a comunicação e percepção do agronegócio?
Uma forma de melhorar a comunicação e percepção do agronegócio é utilizar uma linguagem mais acessível e conectada com as pessoas, mostrando a importância do setor para a sociedade, a diversidade de profissões envolvidas e os impactos positivos que a atividade agropecuária pode trazer para o meio ambiente e a qualidade de vida das pessoas.
Conclusão: O agronegócio é um setor de extrema importância para a economia brasileira, mas muitas vezes enfrenta dificuldades na sua comunicação e percepção pela sociedade. É fundamental encontrar uma linguagem que seja capaz de transmitir a importância do setor, despertar emoções e conquistar corações. A escolha das palavras e expressões utilizadas é crucial nesse sentido, pois elas podem facilitar ou dificultar a conexão entre o agronegócio e as pessoas. Além disso, é preciso ouvir o feedback da sociedade e buscar constantemente melhorias na forma como nos comunicamos sobre o agronegócio.
Fonte
**Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo**
