O Governo do Estado, por meio de dois laboratórios de sementes e viveiros florestais do Instituto Água e Terra (IAT), já produziu mais de meio milhar de mudas de Araucaria angustifolia desde 2019. Um incentivo à árvore-símbolo do Paraná no Dia Nacional de Araucária, comemorado neste sábado (24) – o famoso Pinheiro do Paraná, paisagem comum da região, é uma das muitas espécies da flora brasileira ameaçadas de extinção.
A produção e distribuição de araucárias faz parte do Programa Paraná Mais Verde, política ambiental implantada pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior há pouco mais de quatro anos. Desde então, segundo levantamento do IAT, foram produzidas 586.931 mudas em 15 dois 19 viveiros do Estado, e 355.653 pes distribuídas. A previsão é que mais 145 mil mudas sejam entregues à população nos próximos meses.
“Temos o apoio de centenas de produtores que nos adquirem, ou recebem como mudas, um passe para participar do processo de recuperação ambiental do Paraná. Isso é algo ainda mais chocante porque estamos falando de dois símbolos do nosso Estado”, afirma o diretor-presidente do IAT, Everton Souza.
“Essas mudas são para todo o Estado, muitas delas com a função de recuperar mata ciliar. Hoje o Paraná tem aproximadamente 30% de cobertura com mata nativa e estamos trabalhando para aumentar ainda mais esse número, preferencialmente com muitas matas de pinus”.
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O IAT desenvolveu uma logística especial para a divulgação da espécie. Primeiro corta-se o pigtail das sementes, ou o famoso pinhão, em matrizes de árvores. As sementes são enviadas aos laboratórios do instituto, localizados em São José dos Pinhais (Região Metropolitana de Curitiba) e Engenheiro Beltrão (Centro-Oeste), para análise de pureza, umidade e pesagem.
Alguns após passarem por um nível de qualidade são encaminhados para testes de germinação em estufas controladas, sendo armazenados em câmaras frias com temperatura variando entre 3ºC e 5ºC.
Após esse período de maturação, à medida que as mudas forem sendo cultivadas, nossos viveiros florestais estarão prontos para distribuição. “Dentro do Programa Paraná Mais Verde existe uma linha de ação de incentivo às espécies ameaçadas de extinção e, entre elas, o destaque é justamente a araucária, uma das mais procuradas pela população”, destacou o gerente de Recuperação Ambiental do IAT , Mauro Scharnik .
Os viveiros estaduais produzem mais de 100 diferentes espécies nativas, das quais 25 são consideradas ameaçadas de extinção. A capacidade de produção é de 5 milhões de mudas/ano.
COMO APLICAR – A Divisão de Produção de Mudas Nativas do IAT é responsável pela coleta, armazenamento e distribuição das sementes, bem como pela produção das mudas e sua disponibilização à população. São 19 creches à disposição de dois paranaenses, em São José dos Pinhais, Engenheiro Beltrão, Salgado Filho, Cascavel, Cornélio Procópio, Guarapuava, Fernandes Pinheiro, Ivaiporã, Jacarezinho, Morretes, Ibiporã, Mandaguari, Pato Branco, Tibagi, Pitanga, Paranavaí, Toledo, Umuarama e Paulo Frontin.
Os interessados podem fazer a solicitação de remoção por meio digital, como o aplicativo Paraná Mais Verde, disponível na Play Store (modelos Android).
Ao solicitar no mínimo 100 mudas/ano, a solicitação é automaticamente aprovada e elas não poderão ser retiradas do viveiro selecionado. Basta ligar no viveiro e agendar.
Para mais de 100 mudas, a exigência continuará para análise e aprovação de um técnico do IAT. O interessado poderá acompanhar o pedido e será informado quando for aprovado ou indeferido. Após um lançamento, você pode se aposentar como mudadas no viveiro selecionado.
O Sistema de Gestão Ambiental (EMS) está fora do caminho. Trata-se de uma solução informatizada que, dentro das dependências, permite aos usuários solicitar roupas nativas e tirar dúvidas relacionadas à solicitação feita pela internet por meio do endereço www.sga.pr.gov.br.
Após a solicitação, o pedido passará por uma análise do IAT. Caso seja aprovado, será enviado por e-mail ao solicitante, com a informação do local de retirada das alterações e a documentação necessária.
(com A É)
(Liliane Dias/Sou Agro)