A Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Leite e Derivados enviará ofício ao Governo Federal alertando sobre os prejuízos causados à indústria nacional em função de dois incentivos concedidos por outros países do Mercosul aos produtores.
Thank you for reading this post, don't forget to subscribe!Uma discussão também será direcionada ao Parlasul, solicitando que políticas de proteção sejam adotadas para o setor de lácteos.
A decisão foi tomada durante a primeira reunião da câmara deste ano, realizada no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio (RS), concomitantemente à 17ª Fenasul e à 44ª Expoleite.
“Observamos que os volumes de importação aumentam, devido ao baixo preço da matéria-prima nos países vizinhos. No acumulado entre janeiro e abril, o preço do leite integral subiu de 9 mil/kg importado em 2022 para 47 mil/kg neste ano. O queijo parmesão é outro produto que tem valor inferior ao custo de processamento para a indústria brasileira”explica Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat/RS).
A Argentina injeta recursos diretamente nos produtores, ou o Uruguai abre linhas de crédito subsidiadas e a indústria brasileira fica sem incentivos.
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Segundo estudo realizado pelo sindicato e apresentado durante reunião da câmara na sexta feira (19/5), o governo da Argentina aporta 9,16 bilhões de pesos aos produtores e mais de 167 milhões de pesos para as cooperativas investirem em equipamento .
Nem o Uruguai, nem o governo criou um programa de financiamento abrindo linhas de crédito para atender cerca de 2 mil produtores com um valor total de 9 milhões de pesos, uma compra de 13 anos de amortização.
“O produtor e a indústria no Brasil não possuem atualmente uma fonte direta de recursos, ou seja, o que causa esse desequilíbrio em relação aos países que veem adotando medidas efetivas para garantir a produtividade e comparar, entendendo o quanto isso é importante para suas economias”destaca Palharini.
Não encontrados, os membros da Câmara Setorial defenderão ainda a urgência da liberação pelo Governo do Rio Grande do Sul de recursos represados do Fundoleite para os projetos de competitividade apresentados por empresas e projetos de desenvolvimento e valorização do leite e derivados em Rio Grande do Sul e No Brasil.
Fonte: Ascom Sindilat/RS