Existente no país há 500 anos, o setor busca profissionais

Depois, há a urgência de encontrar soluções para otimizar a produção do agronegócio e preservar o meio ambiente. O resultado é que o setor centenário está passando por uma revolução, que não é a primeira.

A chamada quarta revolução do agronegócio impulsiona o conceito de Agricultura 4.0que se baseia em resolver os problemas do campo por meio de tecnologia e inovação.

Acontece que essa revolução está gerando uma demanda por um novo perfil de profissionais do agronegócio, o Gerente Agrodigital. Para se tornar um, não é necessária formação específica em agronomia ou outras profissões diretamente ligadas à produção no campo. É uma oportunidade para quem quer entrar em um setor bilionário que existe há séculos, mas não quer sair das grandes cidades.

Mas antes de entrar no papel de Gerente Agrodigital e como se tornar um, explicaremos a revolução do agronegócio e como chegamos à agricultura 4.0. Para quem já tem interesse em saber mais sobre a nova profissão, Existem inúmeros sites especializados no assunto.

Quais são as fases do agronegócio?

O agronegócio é dividido em quatro fases principais.

Fase 1: Agricultura 1.0

O primeiro é chamado Agricultura 1.0 e é marcada por baixa produtividade e alto consumo de energia. Utiliza técnicas mais tradicionais e não tem muita presença de tecnologia.

Nível 2: Agricultura 2.0

A segunda fase deu origem ao Agricultura 2.0que se intensificou a partir da década de 1950. Nessa fase, as máquinas foram levadas para o campo e ocorreu a Revolução Verde, espalhando sementes e práticas agrícolas pelo mundo.

Fase 3: Agricultura 3.0

Seguindo a mesma lógica, o Agricultura 3.0 foi a terceira fase do setor iniciada em 1990. Foi nessa fase que os dados começaram a ser utilizados e os processos automatizados, com foco na produtividade. Na fase 3, também começaram as preocupações e alertas sobre os impactos ambientais da atividade agropecuária.

Agricultura 4.0: entenda a revolução do agronegócio

finalmente, o quarta revolução do agronegócio aconteceu nesta década e é marcada pelo uso de tecnologia e inovação para otimizar a produção e para práticas agrícolas mais sustentáveis. Nesta fase, tornou-se cada vez mais comum uso de software, drones, aplicativos, robôs e inteligência artificial em campo.

Esse movimento é importante para resolver o problema usual da agricultura: capacidade de produção em linha com o crescimento populacional. Dados da organização americana World Resources Institute (WRI) indicam que o mundo precisa aumentar sua produção de alimentos em 60% para abastecer 10 bilhões de pessoas até 2050.

Embora desafiador, é um objetivo possível. Nos últimos 72 anos, a produção de alimentos dobrou de 700 milhões de toneladas para 2,2 bilhões de toneladas. Mas esse resultado também causou muitos danos ambientais. Por isso é tão necessária a aplicação de práticas agrícolas sustentáveis. E já são uma realidade graças aos avanços tecnológicos.

Nova profissão: Digital Agro Manager

Toda essa revolução no agronegócio e a importância para a alimentação mundial criam milhares de vagas no setor. Uma pesquisa realizada pela Agência Alemã de Cooperação Internacional em parceria com o Senai e a Universidade Federal do Rio Grande do Sul mostrou que nos próximos dois anos as carreiras ligadas ao agronegócio devem gerar mais de 178 mil vagas.

Mas a pesquisa também apontou que a previsão é de que haverá apenas cerca de 32.500 profissionais qualificados para essas vagas. Ou seja, há cinco vagas para cada profissional qualificado hoje, e o mercado precisa de mais especialistas em agronegócio.

Mas é um novo perfil profissional. Quando se pensa em trabalhar no agronegócio, a ideia intuitiva é a de quem trabalha no campo, nas plantações. Mas com toda a digitalização da revolução 4.0, essa não é a realidade.

Hoje, as melhores oportunidades de trabalho no agronegócio estão na implantação de projetos digitais, atividade que normalmente é realizada dentro de um escritório, sem precisar sair das cidades ou se mudar para o interior. Como mostramos no início do artigo, esse profissional é chamado de Gerente Agrodigital e é responsável pela implementação de projetos digitais em propriedades agrícolas.

Simplificando, as funções desse especialista são identificar e mapear problemas em campo e coordenar equipes em busca de soluções para as necessidades dos produtores agrícolas e de todos os atores do agronegócio.

E é a necessidade que faz com que os salários oferecidos ultrapassem os dois dígitos. De acordo com o Glassdoor, plataforma que reúne vagas de emprego e permite que os funcionários informem seus salários e benefícios de forma anônima, o salário médio nacional de um gerente de agronegócio é de aproximadamente R$ 12 mil por mês. Mas em uma busca rápida no site é possível encontrar relatos de um remuneração que chega a R$ 26 mil.

Como se tornar um Gerente Agro Digital

Com o objetivo de ajudar a formar profissionais para atender a demanda do agronegócio nos próximos anos, a EXAME preparou a série gratuita Carreira no Agronegócio. Programado para acontecer entre os dias 17 e 25 de outubroo conteúdo revelará:

• como a revolução tecnológica no agronegócio brasileiro está gerando inúmeras possibilidades de fazer carreira em profissões até pouco tempo inexistentes;
• como planejar uma carreira de sucesso na Digital Agro e faturar mais de R$ 14 mil por mês;
• como aproveitar as oportunidades do setor mesmo sem ter formação em veterinária, agronomia ou outras áreas afins;
• qual a melhor forma de fazer uma transição de carreira e começar a ganhar dinheiro com o agronegócio brasileiro sem precisar se mudar para o interior.

Participar basta se inscrever clicando aqui ou no link abaixo.

Fonte: Exame

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