Pampa: ciência e produtores avançam rumo à pecuária sustentável

Pampa: ciência e produtores avançam rumo à pecuária sustentável

Parceria Embrapa e produtores do Pampa pela sustentabilidade

Pecuária sustentável avança no Pampa graças à parceria entre a Embrapa Pecuária Sul e produtores locais. Eles trocam experiências, testam técnicas simples e medem resultados reais no campo. O objetivo é aliar produtividade, bem-estar animal e menor impacto ambiental.

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Como funciona a parceria

A colaboração envolve pesquisa prática, transferência de tecnologia e capacitação contínua. A Embrapa fornece conhecimento técnico, análises e suporte, enquanto os produtores tocam a aplicação na propriedade. Em cada fazenda, equipes avaliam recursos disponíveis, clima, pastejo e alimentação, ajustando as soluções ao dia a dia do empreendimento.

Essa cooperação foca em soluções fáceis de adotar, com custos previsíveis e retorno rápido. A ideia é criar um catálogo de práticas que possam ser replicadas em diferentes propriedades da região, mantendo a identidade do Pampa e o ritmo da produção.

Práticas centrais discutidas na parceria

  • Manejo de pastagens: uso de pastejo rotativo, divisão de piquetes e plantio de gramíneas e leguminosas para melhorar a produção e a qualidade do forragem.
  • Genética e reprodução: seleção de animais com melhor ganho de peso e saúde, reduzindo o tempo para o lote atingir o peso adequado.
  • Nutrição prática: balancear ração disponível na propriedade com a forragem de qualidade, evitando desperdícios e custos extras.
  • Monitoramento simples de emissões e bem-estar, com foco em práticas que reduzam o metano sem exigir tecnologia cara.
  • Conservação de solo e água: manejo que aumenta a cobertura do solo e reduz a erosão, protegendo a produtividade a longo prazo.

Benefícios práticos para o produtor

  • Melhora na produtividade da pastagem e na performance do gado.
  • Redução de custos via melhor aproveitamento da forragem e menor necessidade de suplementação.
  • Baixo impacto ambiental, com emissões controladas e uso mais eficiente da água.
  • Acesso a conhecimentos e ferramentas simples, fáceis de adaptar à realidade da propriedade.

Como o produtor pode se envolver

  1. Converse com a equipe da Embrapa Pecuária Sul sobre as necessidades da sua propriedade.
  2. Participe de visitas técnicas e treinamentos para entender as práticas recomendadas.
  3. Teste uma prática por temporada, registrando custos, ganho de peso e produção de leite, se houver.
  4. Analise os resultados juntos com a equipe técnica e ajuste o plano conforme necessário.

Essa parceria mostra que a pecuária sustentável pode ser prática, econômica e lucrativa no Pampa. Com um caminho claro, o produtor fica apto a adotar soluções que protegem o solo, a água e o animal, sem perder produtividade.

PEG: avaliação de reprodutores para reduzir metano

PEG avalia reprodutores para reduzir o metano, mantendo a produção estável.

Funciona reunindo dados de emissão, ganho de peso e eficiência alimentar.

Como medir a emissão de metano

Medidas diretas usam câmaras de respiração ou traçadores como SF6.

Esses métodos exigem estrutura na fazenda, treinamento e tempo.

Alternativas incluem modelos baseados em dados de digestibilidade e consumo.

Como selecionar reprodutores

Priorize animais com menor emissão por kg ganho, sem perder ganho de peso.

Combine BV de metano com histórico de parto e fertilidade.

Práticas na fazenda para aplicar o PEG

Na prática, o produtor começa anotando dados simples.

  • Adote uma dieta balanceada com forragem de boa digestibilidade.
  • Mantenha pastejo regular para evitar picos de produção.
  • Use aditivos permitidos que reduzem metano, seguindo orientação da assistência técnica.
  • Acompanhe os resultados mensalmente e ajuste o plano com o time técnico.

Benefícios esperados

Menor emissão por boi, melhor conversão alimentar e conformidade com metas.

Desafios comuns e como superar

Tempo para coletar dados, custo de equipamentos e necessidade de treinamento.

O PEG não substitui manejo bom; ele orienta escolhas que unem lucratividade e responsabilidade.

GreenFeed: monitoramento individual de emissões

GreenFeed monitoramento individual de emissões permite medir o metano de cada animal, ajudando você reduzir o impacto sem perder produção.

Com esse recurso, você identifica qual animal emite mais, como a dieta influencia as emissões e onde ajustar a alimentação para melhorar a eficiência.

Como funciona o monitoramento individual de emissões

O GreenFeed usa sensores de respiração instalados próximos aos cochos para registrar a emissão por animal. O sistema também agrega dados de ingestão e ganho de peso, criando um perfil de emissão por indivíduo.

As informações aparecem em um painel simples, com códigos para cada animal. Assim, a equipe compara desempenhos e orienta ajustes na dieta de forma rápida.

Como implantar na fazenda

  1. Selecione um grupo piloto de animais para iniciar o uso.
  2. Instale os sensores conforme o manual e conecte à rede da fazenda.
  3. Treine a equipe para coletar dados e interpretar os relatórios.
  4. Ajuste a ração com base nos resultados e amplie aos poucos.

Benefícios práticos

  • Redução do metano por animal sem perder o ganho de peso.
  • Melhor eficiência alimentar e menor custo por quilo de produto.
  • Dados que embasam decisões nutricionais e de manejo.

Desafios comuns e soluções

  • Custo inicial e aquisição de sensores — busque opções com financiamento ou parceria.
  • Curva de aprendizado da equipe — ofereça treinamento curto e suporte técnico.
  • Manutenção e calibração — siga o cronograma do fabricante e verifique leituras regularmente.
  • Integração com o sistema de manejo existente — planeje a implantação fases para evitar atritos.

Com o GreenFeed, a gente transforma dados em ações reais, promovendo gado mais eficiente e manejo ambiental responsável.

Manejo de pastagens: pastejo adequado reduz emissões

Manejo de pastagens é a base pra reduzir emissões de metano sem perder produção. Quando a pastagem é bem manejada, o gado come melhor, digere com mais facilidade e emite menos metano por quilo de ganho.

Nesta seção, vamos mostrar como planejar o pastejo, monitorar a qualidade da forragem e adaptar as práticas ao seu terreno, clima e água disponível.

Princípios-chave do pastejo adequado

Pastejo rotativo divide a área em piquetes e desloca o gado com frequência. Isso mantém a forragem jovem e nutritiva, facilitando a digestão.

Altura e qualidade da forragem mantenha a pastagem em boa condição, com massa verde suficiente para o gado consumir sem sobrecarregar o pasto.

Diversificação da pastagem, com gramíneas e leguminosas, aumenta digestibilidade e rendimento, reduzindo desperdícios.

Consumo e alimentação ajuste a ração disponível com a qualidade da forragem para manter a performance do rebanho.

Práticas práticas para aplicar no dia a dia

  • Divida a área em piquetes proporcionais ao tamanho do rebanho e ao crescimento da forragem.
  • Rotacione o gado a cada poucos dias, ou conforme a sua leitura de capim, para manter o pasto verde.
  • Registre a altura da forragem, a produção de massa e o ganho de peso para comparar meses.
  • Verifique o manejo do solo e a disponibilidade de água para evitar compactação e erosão.

Benefícios diretos para o produtor

  • Menos emissões por animal e por unidade de ganho.
  • Maior uso da forragem, com menor necessidade de suplemento caro.
  • Pastagens mais resistentes a seca e menos erosão.

Como iniciar hoje

  1. Faça um inventário da área, tamanho dos piquetes e do rebanho.
  2. Defina um calendário de rotação simples para começar.
  3. Treine a equipe para observar a altura da forragem e os sinais de estresse.
  4. Ajuste com base nos resultados e expanda gradualmente.

Com pastejo adequado, a gente mantém a produção estável, reduz as emissões e cuida do solo e da água para o futuro.

Carne carbono neutro, CBC e CN: impactos no mercado

Carne carbono neutro (CN) é carne produzida com emissões reduzidas ao mínimo e, quando necessário, compensadas. A sigla CBC é usada por alguns mercados para o mesmo conceito. O objetivo é entregar um produto com pegada de carbono menor e comprovável.

Para chegar lá, a fazenda precisa medir emissões, reduzir fontes-chave e, se precisa, compensar o restante. A boa notícia é que pequenas mudanças já geram ganhos reais na prática do dia a dia.

Como funciona o CN na prática

Primeiro, faça um diagnóstico simples da propriedade. Identifique onde as emissões são maiores e defina metas realistas. Em seguida, implemente mudanças no manejo, na alimentação e no tratamento de resíduos. Por fim, busque certificação ou participação em programas de CN para comprovar os resultados.

Medindo emissões e reduzindo impactos

Medir pode ser simples ou mais técnico, dependendo da propriedade. Registre dados como produção, consumo de ração e manejo do solo. Use ferramentas básicas, como cadernos de campo, planilhas simples ou sensores quando disponíveis.

Principais ações para reduzir emissões: manejo de pastagens bem planejado, alimentação eficiente com forragem de boa digestibilidade, e reduzir perdas no manejo de dejetos. Autorizados aditivos e estratégias de manejo sustentável ajudam sem exigir grandes investimentos de imediato.

Impactos no mercado

Mercados nacionais e internacionais começam a valorizar CN com prêmios de preço e acesso a contratos premium. A CN também pode abrir portas com compradores exigentes e facilitar financiamentos rurais. Porém, há custos de certificação, auditoria e transparência de dados que precisam ser considerados.

O que isso significa para o produtor

  • Adotar CN pode trazer prêmio de preço ou preferência em licitações.
  • Investimentos iniciais costumam se pagar com eficiência de produção e créditos de carbono.
  • Rastreabilidade e dados confiáveis são essenciais para credibilidade.
  • É preciso aliar CN a boas práticas de manejo do solo, água e bem-estar animal.

Desafios e soluções

  • Custos de certificação — procure parcerias com cooperativas ou programas de financiamento.
  • Coleta de dados — implemente rotinas simples de registro diário.
  • Atualização tecnológica — comece com medidas de baixo custo e escalone conforme os resultados.
  • Integração com o sistema existente — planeje a adoção em fases para evitar atritos.

Como se preparar hoje

  1. Faça um inventário da propriedade, rebanho e produção.
  2. Defina uma meta CN realista para os próximos 12 a 24 meses.
  3. Implemente práticas de manejo, alimentação e tratamento de resíduos de baixo custo.
  4. Busque certificação ou adesão a programas CN e registre os resultados.

Com Carne carbono neutro, a produção fica mais eficiente, o meio ambiente agradece e o mercado reconhece o esforço da sua propriedade.

COP26 e metas globais: rumo a uma pecuária mais verde

COP26 traçou metas globais para uma pecuária mais verde. O objetivo é reduzir emissões e aumentar a eficiência. No campo, isso se traduz em mudanças simples que você pode aplicar já.

Contexto e relevância para a pecuária

O metano produzido pelos ruminantes é uma grande parcela das emissões da fazenda. As metas pedem menos emissões por unidade de produto. A gente não corta a produção; a ideia é manter o ganho com menos impacto ambiental.

Essas metas fortalecem a necessidade de transparência. Produtores que mostram dados têm mais facilidade para competir e conseguir financiamento rural. A prática é alinhar bem o manejo com as metas globais, sem perder rentabilidade.

Metas que afetam a porta de entrada da fazenda

  • Reduzir emissões por kg de ganho de peso ou litro de leite.
  • Aumentar a eficiência da alimentação para cada animal.
  • Melhorar o manejo de dejetos e a utilização de resíduos.
  • Investir em manejo de pastagens e na qualidade de forrageiras.
  • Buscar certificações ou adesão a programas de CN (carbono neutro) quando viável.

Práticas que ajudam a chegar lá

  • Pastejo bem gerido, com rotação de piquetes para forragem jovem e nutritiva.
  • Ração de boa digestibilidade aliada a forragens de qualidade.
  • Uso responsável de aditivos que reduzem metano, conforme orientação técnica.
  • Gestão de dejetos com compostagem ou biodigestor para reduzir perdas.
  • Plantio de leguminosas para aumentar a fixação de nitrogênio no solo.

Como medir e acompanhar resultados

  • Registre produção, consumo de ração e ganho de peso mensalmente.
  • Use planilhas simples ou gráficos para visualizar tendências.
  • Faça pequenos diagnósticos de emissões com métodos acessíveis, quando possível.
  • Ajuste as práticas com base nos dados e repita o ciclo.

Impactos no bolso e no mercado

Mercados nacionais e internacionais começam a valorizar carne com menor pegada de carbono. Pode haver prêmios de preço e contratos mais atrativos para quem comprovar melhoria ambiental.

O que fazer hoje, na prática

  1. Faça um levantamento da propriedade, do rebanho e da alimentação.
  2. Defina metas realistas para os próximos 12 a 24 meses.
  3. Implante mudanças de baixo custo primeiro e registre os resultados.
  4. Considere certificação ou adesão a programas de CN conforme a viabilidade.

Com uma estratégia bem-feita, a pecuária fica mais eficiente, e a gente cumpre o legado de cuidar do planeta sem perder produtividade.

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Dr. João Silva é um renomado zootecnista especializado em pecuária de leite, com mais de 2 Décadas de experiência no setor. Com doutorado pela Universidade Federal de Viçosa e diversas certificações, Também é autor de inúmeros artigos científicos e livros sobre manejo e produção de leite.
Dr. João é reconhecido por sua contribuição significativa à indústria e seu compromisso com a qualidade e a inovação na produção leiteira.

joão silva

Dr. João Silva é um renomado zootecnista especializado em pecuária de leite, com mais de 2 Décadas de experiência no setor. Com doutorado pela Universidade Federal de Viçosa e diversas certificações, Também é autor de inúmeros artigos científicos e livros sobre manejo e produção de leite. Dr. João é reconhecido por sua contribuição significativa à indústria e seu compromisso com a qualidade e a inovação na produção leiteira.